Analistas ficam satisfeitos com os números do 2T25 e reiteram otimismo com a ação

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São Paulo, 7 de agosto de 2025 – O papel da Suzano está entre os destaques positivos do Ibovespanesta quinta-feira após o balanço do segundo trimestre de 2025 reportado pela companhia na noitede ontem (6). Por volta de 15h15 (horário de Brasília), a ação SUZB3 operava em alta de 5,21%, aR$ 54,31.

O Santander disse que esperava uma reação ligeiramente positiva do mercado aos resultadosdivulgados pela Suzano. Em relatório, o banco destaca que o ebitda ajustado reportado pela Suzanono 2T25, de R$ 6,087 bilhões, veio em linha com as suas projeções e o consenso do mercado. “Aprincipal diferença em relação ao nosso modelo é explicada por melhores volumes de vendas emenores custos-caixa em ambos os segmentos”, pontua.

O Santander também observa que o volume de vendas de celulose da Suzano aumentou 23% em relaçãoao primeiro trimestre e 28% em relação ao 2T24, para 3.269 kt, com a demanda mostrando sinais derecuperação após o Dia da Libertação, apoiada pela nova operação de Ribas do Rio Pardo.

Além disso, pontua que a Suzano gerou R$ 2,6 bilhões de fluxo de caixa livre ajustado (vs. R$ 2,5bilhões no 1T25), impulsionado principalmente pelo robusto desempenho operacional, aliado a menoresdesembolsos de caixa com pagamentos de juros e impostos. “Esses fatores foram parcialmentecompensados por maiores necessidades de capital de giro e maior investimento em capital de giro (R$3,203 bilhões vs. R$ 3,080 bilhões no 1T25)”, disse o Santander.

A XP disse que esperar que as discussões se concentrem nas potenciais economias de custo da trocade ativos biológicos com a Eldorado e na decisão da Suzano de reduzir a produção para mitigarparcialmente a queda contínua nos preços da celulose. A Suzano revisou sua projeção deinvestimento em capital de giro para 2025 para cima em R$ 900 milhões, para R$ 13,3 bilhões, comoresultado do acordo de swap com a Eldorado. Nesse acordo, a Suzano receberá 18 milhões de m3 demadeira em pé até 2026, pagando R$ 878 milhões neste ano e R$ 439 milhões em 2026, para aumentara idade média de sua base florestal no MS. Em compensação, a Suzano entregará madeira imatura empé à Eldorado para ser colhida entre 2028 e 2031.

A Suzano também decidiu reduzir os volumes de produção em aproximadamente 3,5% nos próximos dozemeses, devido ao ambiente de mercado desafiador. No entanto, a XP disse que vê “com bons olhos” aabordagem disciplinada da companhia nesse sentido.

“Dito isso, todas as atenções permanecem voltadas para a extensão e duração da fraqueza atualnos preços da celulose de mercado, especialmente diante dos níveis acelerados de produção porplayers integrados e verticalizados na China”, acrescenta a XP.

A XP disse que os resultados da Suzano no 2T25 vieram ligeiramente melhores impulsionados pormaiores volumes de vendas de celulose e controle de custos. “A Suzano reportou resultados neutros,com ebitda ajustado de R$6,1 bilhões, +5% acima da estimativa da XP e +2% acima do consenso.”

“Por fim, observamos um leve aumento na alavancagem no 2T25, para 3,1x dívida líquida/EBITDAversus 3,0x no 1T25 (em dólares), principalmente devido ao ambiente de preços mais fraco paracelulose ao longo do 1S25 (preços realizados em torno de US$550/t contra ~US$700/t há um ano).Mantemos nossa recomendação de compra para Suzano”, finaliza a XP.

A BB Investimentos avalia o resultado da Suzano no 2T25 como “positivo, em nossa opinião, comincremento de volumes e avanço nas margens operacionais em ambos os segmentos em relação ao 1T25,embora tenha apresentado queda na comparação com os números robustos do 2T24.”

“No consolidado, a companhia registrou ebitda ajustado de R$ 6,1 bilhões (-3,2% t/t), como reflexodo crescimento significativo tanto no volume de vendas de celulose (+28,4% a/a), ainda peloincremento na produção pela planta de Ribas do Rio Pardo, como de papel (+23,4% a/a),proporcionado pelos volumes adicionais da Suzano Packaging US, enquanto no mercado internobrasileiro houve queda de 2% a/a. Já os preços médios de celulose tiveram queda de 20% a/a emUS$, enquanto os preços de papéis aumentaram 8% a/a, favorecidos pelos maiores preços da SuzanoPackaging US e pela elevação dos preços no mercado interno.”

A Levante comenta que a Suzano divulgou “números sólidos que demonstram recuperação operacionale financeira” e que “a companhia reportou crescimento no volume de vendas e deu início a umatrajetória de queda no custo caixa de celulose”. “Para o restante do ano, a expectativa é decontinuidade da recuperação de margem à medida que os volumes se mantêm elevados, o ramp-up danova fábrica avança e os custos operacionais continuam sob controle. O ciclo de preços dacelulose ainda apresenta volatilidade, mas o desempenho operacional da companhia se mostra sólido eresiliente, o que tende a sustentar a geração de valor no médio prazo”, comenta.

A Levante considera que, neste momento, a Suzano negocia com múltiplos abaixo de sua médiahistórica. “O EV/EBITDA projetado para os próximos 12 meses atualmente é de 5,5x, refletindo umbom ponto de entrada considerando a retomada de margens e o ciclo de recuperação dos preços dacelulose”, avalia a Levante.

O BTG Pactual disse que a companhia reportou “resultados decentes”, dentro das expectativas de seusanalistas. Em relação aos anúncios feitos sobre a troca de ativos biológicos com a Eldorado e deum corte de 3,5% na capacidade de celulose em resposta às fracas condições de mercado, avalia queo segundo anúncio é mais uma indicação de que “estamos no piso de preços” e que “emboraprovavelmente não haja nada aqui que gere uma tão necessária reavaliação das ações, vemosesses resultados com um copo meio cheio”.

Por fim, o BTG reitera a compra da ação da Suzano. “A ação sofreu nos últimos meses devido apreocupações com alocação de capital, que começaram a ceder após o recente anúncio (KC) e oscomentários da administração sobre planos futuros de fusões e aquisições. Há muito tempo,discutimos uma reclassificação gradual à medida que ospreços de mercado aumentam com o aumento da Cerrado e a disciplina contínua na alocação decapital. Embora reconheçamos os ventos contrários mais amplos das commodities, continuamos a ver acelulose como uma vencedora relativa, apoiada por sua posição mais forte na curva de custo e umaexposição relativamente menor à China. Com os preços da celulose em torno de ~US$ 500/t,acreditamos que o risco de queda em relação aos níveis atuais é limitado. Dito isso, aavaliação permanececonvincente, com a ação sendo negociada a <6,0x EV/EBITDA 2025 (vs. ~7,0x valor justo, em nossavisão)", explica o BTG.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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