São Paulo, 14 de maio de 2025 – As ações da Azul (AZUL4) registram forte queda após resultado doprimeiro trimestre de 2025 (1T25) considerado decepcionante por analistas. Às 13h16 (horário deBrasília), os papéis caíam 13,28%, a R$ 1,24.
Para o JP Morgan, a Azul relatou resultados decepcionantes no 1T25, abaixo das suas estimativas e doconsenso Bloomberg. No ebitda, por exemplo, a empresa entregou R$ 1,4 bilhão, recuo anual de 2%,-19% abaixo da projeção do JPM e -17% inferior à do consenso. A perda foi impulsionadaprincipalmente por um aumento de 9% no custo operacional dividido pelo total de assentos-quilômetrooferecidos (CASK) ex-combustível em relação ao projetado. “A empresa encerrou o trimestre com R$2,3 bilhões em liquidez imediata, uma redução em relação aos R$ 3,1 bilhões do quartotrimestre de 2024, o que é típico do primeiro trimestre do ano. Notavelmente, a Azul não comentousobre sua projeção para o ano inteiro, provavelmente indicando sua reafirmação (Ebitda esperadoem R$ 7,4 bilhões, versus projeção do JPMorgan em R$ 7,3 bilhões), apesar da queda no 1T”,escreveram os analistas do JPM, em relatório.
A recomendação do JPMorgan para AZUL4 é neutra e a expectativa para o pregão pós balanço erade reação negativa das ações com a pressão contínua decorrente do plano de gestão de passivosda Azul e da diluição substancial do patrimônio projetada, superior a 80%.
O Goldman Sachs disse que o ebitda reportado pela Azul no 1T25 veio 20% abaixo do esperado.”Observamos que o CASK ex-combustível foi impactado negativamente por outras despesas, em funçãode problemas de desempenho e fornecimento de OEMs (Fabricante do Equipamento Original), que levaramao aumento de processos judiciais e custos relacionados a passageiros (hotel, alimentação etransporte)”, comentou.
O Goldman Sachs também tem recomendação neutra para os ativos, com preço-alvo mantido em R$4,60, potencial de alta de 222%. O banco disse preferir Copa e Latam entre as companhias aéreas queacompanha.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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