São Paulo, 13 de dezembro de 2024 – Na última semana antes das festas de fim de ano, osinvestidores seguem atentos à sinalização das empresas sobre as estratégias para os próximosmeses, que prometem muita volatilidade em 2025 diante do cenário desafiador para o mercado deações brasileiro, principalmente diante do ajuste fiscal emperrado no Congresso e à projeção dealta da Selic a 14,25% até fevereiro. Na próxima semana, por exemplo, a Usiminas realiza suareunião anual pública na Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado deCapitais do Brasil (Apimec), na quinta-feira (19), às 10h. A semana também terá a divulgaçãodos números de fechamento de novembro e as previsões futuras do Instituto Aço Brasil na segunda(16) e do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), na quinta.
Na última semana, o grande destaque foi o Investor Day da Suzano, na quinta-feira (12), realizadoentre São Paulo (SP) e sua unidade em Ribas do Rio Pardo (MS). A companhia atualizou suasestimativas de longo prazo de desembolsos operacionais do seu negócio de celulose, para R$ 1.900,00por tonelada em 2027, de R$ 1.753,00/t. A perspectiva considera os seguintes fatores em comparaçãoà estimativa anteriormente divulgada: atualização monetária prevista para 2025 e a variaçãodos índices de inflação (IPCA, INPC e IGP M) observados em 2024 em relação ao previsto para oano; variação cambial; e atualizações relacionadas a custos operacionais e iniciativas degestão visando maior competitividade estrutural.
Na terça-feira, outra gigante do setor de papel e celulose, a Klabin, atualizou suas estimativas deinvestimentos (capex) e outras projeções de negócios na sua reunião anual com analistas einvestidores. A companhia investirá R$ 3,3 bilhões por ano, em 2024 e 2025, R$ 2,9 bilhões em2026, R$ 2,8 bilhões em 2027 e R$ 2,5 bilhões por ano em 2028 e a longo prazo após 2028. O custode caixa total por tonelada projetado pela empresa é de um intervalo entre R$ 3,1 mil/ton e R$ 3,2mil/ton em 2024 e em 2025. A projeção referente às sinergias do Projeto Caetê, divulgada emdezembro de 2023, foi descontinuada, uma vez que, a partir de 2025, passará a compor a projeçãodo custo caixa apresentada.
No setor de siderurgia e mineração, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) celebrou na últimaterça (10) uma proposta vinculante para aquisição de 70% do capital social da Estrela, por R$742,5 milhões, sendo que R$ 300 milhões serão pagos na conclusão da transação e o restante dopreço total será pago em três parcelas anuais. A Estrela é a Holding do grupo Tora Transportes,um dos maiores operadores logísticos do país que há mais de 50 anos acumula expertise na área deintegração rodoferroviária e operação de terminais, voltada à movimentação de grandestonelagens. O relacionamento comercial entre o Grupo Tora e a Companhia perdura há 35 anos e estaaquisição estratégica tem por objetivo promover forte crescimento das operações intermodaisexplorando mais intensamente a infraestrutura atual nas regiões de operação, fortalecendo aatuação da CSN no segmento de logística, informou a companhia, em fato relevante. O negócioainda dependerá da obtenção das aprovações legais e regulatórias, como a aprovação doConselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), por exemplo.
Na quarta (11), a CSN informou novas projeções, que incluem, a substituição da projeção decapex consolidado de R$ 6,0 bilhões em 2024 e um intervalo de R$ 6,0 a R$ 7,0 bilhões no períodode 2025 e 2028 para o novo patamar de R$ 5,3 bilhões em 2024 e de R$ 5,0 a R$ 6,0 bilhões em 2025e a substituição da projeção de alavancagem, medida pelo indicador dívida líquida sobre oebitda ajustado de um patamar de 2,50 vezes no fechamento do balanço anual de 2024 para uma metaabaixo de 3,0 vezes em 2025. Outra projeção foi a substituição do exercício de sensibilidade doebitda consolidado em 2028 para um ebitda potencial e incremental de R$ 9,3 bilhões após amaturação dos projetos em curso.
Para o capex na Siderurgia, a companhia prevê aproximadamente R$ 7,9 bilhões no período de2023-2028 para R$ 8,0 bilhões até 2028, relativos à modernização do parque industrial, compotencial de gerar até R$ 2,8 bilhões de ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação eamortização) incremental até 2030.
A projeção de capex de expansão no segmento de cimentos foi substituída de R$ 5 bilhões para R$7,7 bilhões em crescimento orgânico, adicionando um total de 9 milhões de toneladas/ ano. A CSNinformou a projeção de volume de vendas de cimentos de 14 Mton em 2024.
A companhia atualiza a projeção de gerar até R$ 3,8 bilhões de ebitda na Transnordestina após oinício das operações, estimado para começar em 2027.
A CSN Mineração substitui a projeção de volume de produção e compras de minérios de terceirospara um patamar entre 42,0 e 43,5 Mton em 2025, 43,5 e 47,5 Mton nos anos de 2026 e 2027, 50 e 55Mton em 2028, 55 e 60 Mton em 2029 e 60-65 Mton em 2030. A companhia prevê custo C1 para um patamarentre US$21,5/ton e US$23,0/ton em 2025.
A empresa também substitui a projeção de capex de expansão de um patamar de R$ 15,3 bilhões noperíodo de 2023-2028 para um patamar de R$ 13,2 bilhões no período de 2025-2030, relativos àfase 1 do projeto de adição de capacidade.
Em energia, a Cemig informou ontem (12) seu plano de investimentos para o período 2025/2029, nomontante de R$39,2 bilhões, que será dividido entre os segmentos deDistribuição (R$ 23,2 bi); Geração (R$ 4,2 bi); Transmissão (R$ 4,3 bi); Geração Distribuída(R$ 2,6 bi); Gás Natural (R$ 1,6 bi); Inovação (R$ 2,3 bi); e TI (R$ 1,0 bi).
Cias informam datas de divulgação dos balanços do 4T24 e de 2024
As companhias do Ibovespa e outras também listadas na Bolsa B3 começaram a confirmar as datas dedivulgação dos resultados do quarto trimestre (4T24) e do ano de 2024 por meio dos calendários deeventos corporativos enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nos últimos dias.
Confira as datas divulgadas até o momento no calendário abaixo:
Fevereiro5/2 – Santander Brasil, Itaú Unibanco6/2 – Multiplan, CCR7/2 – Bradesco10/2 – TIM, BTG Pactual12/2 – Totvs13/2 – Suzano14/2 – Usiminas18/2 – Iguatemi, Pão de Açúcar, Carrefour Brasil19/2 – Vale, Banco do Brasil, Metalúrgica Gerdau, Gerdau20/2 – Engie Brasil, Caixa Seguridade, Lojas Renner, B3, Rumo, Assaí24/2 – ISA Brasil Energia, Azul, Auren25/2 – MRV, RD Saúde (RaiaDrogasil), IRB Brasil Re, Telefônica Brasil26/2 – Weg, Klabin, Petrobras, Cosan, Ultrapar, BRF, Marfrig, Braskem, Azzas 215427/2 – Fleury, Embraer, Localiza
Março12/3 – Prio, SLC Agrícola, Vivara, CSN, CSN Mineração13/3 – Locaweb, Eletrobras, Natura, Magazine Luiza17/3 – Itaúsa18/3 – Energisa, Taesa, Yduqs19/3 – Minerva, Brava Energia20/3 – Petz, Cogna, Cyrela, Hypera, Hapvida, Eneva24/3 – Sabesp25/3 – JBS, Bradespar26/3 – CVC, Equatorial, Americanas SA, Rede DOr, Oi28/3 – Gol
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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