São Paulo, 17 de dezembro de 2024 – A BHP e a Rio Tinto, duas das maiores empresas damineração australiana, anunciaram o desenvolvimento conjunto de uma planta-piloto para aprodução de ferro de baixo carbono a partir de minérios de Pilbara. O projeto, localizado nocentro industrial de Kwinana, na Austrália Ocidental, utilizará energia renovável e a tecnologiade ferro reduzido direto (DRI) em um forno elétrico de fundição (ESF). A expectativa é que aplanta produza entre 30.000 e 40.000 toneladas anuais de ferro fundido.
O projeto será realizado em parceria com a BlueScope Steel e tem como objetivo acelerar adescarbonização na indústria siderúrgica global. Se bem-sucedida, a tecnologia permitirá aprodução de aço com operações próximas de zero emissões de gases de efeito estufa, utilizandominério de ferro australiano para atender à demanda global. Vale destacar que a produção de açorepresenta cerca de 8% das emissões globais de carbono atualmente.
O projeto, batizado de NeoSmelt, teve seu anúncio inicial em fevereiro deste ano como parte dosesforços para reduzir as emissões na produção de aço. A localização e os detalhes finaisforam definidos após uma análise de diferentes locais na Austrália. A Woodside Energy deverá sejuntar ao consórcio como participante com participação igualitária e fornecedora de energia,dependendo de acordos comerciais finais.
A iniciativa deve entrar na fase de estudos de viabilidade no segundo trimestre de 2025. Adecisão final sobre os investimentos está prevista para 2026, com início das operações estimadopara 2028. Esse avanço representa um marco importante para o setor, que busca soluçõessustentáveis para reduzir suas emissões e atender aos objetivos climáticos globais.
Com esse projeto, as empresas reforçam seu compromisso com a inovação sustentável, apoiandoo uso de tecnologia limpa na produção de aço. O desenvolvimento dessa planta-piloto não apenasfortalecerá a posição da Austrália como líder no fornecimento de matérias-primassustentáveis, mas também contribuirá para a transição global em direção a uma economia debaixo carbono.
Com informações da Reuters.
Vanessa Zampronho / Safras News
Copyright 2024 – Grupo CMA