São Paulo, 29 de abril de 2025 – A Bolsa opera em alta, chegou a renovar máximas nointerdiário-136.149,74 pts-, puxada por fluxo externo; setor bancário sobe. O fiscal acaba sendominimizado nesse movimento complexo mundial.
Às 12h55 (horário de Brasília), o principal índice da B3 subia 0,52%, aos 135.737,61 pontos.O Ibovespa futuro com vencimento em junho tinha ganho de 0,55%, aos 138.025 pontos. O girofinanceiro era de R$ 8,9 bilhões. Em NY, os índices operavam no positivo.
Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos, disse que o Ibovespatem sido sustentado por papéis de menor peso.
“Tirando os dois maiores papéis da bolsa-Petrobras e Vale, o restante dos ativos ou boa partedeles estão próximos das máximas históricas, o setor bancário de forma geral está forte, eelétricas renovando máximas históricas-com exceção da Eletrobras e Cemig, que têm um descontopor serem estatais. Mesmo assim estão com bom nível de valorização. Se houver uma mudança defluxo pra Petrobras e Vale, é possível a gente ver esses papéis voltando a performarem melhor. Ese não tiver mudança no cenário atual, é possível ver o Ibovespa renovar máximas históricas.Se a gente vir esse movimento de entrada de fluxo nos dois maiores ativos da bolsa, certamente agente pode ver o Ibovespa com potencial de testar até os 150.000 pontos, acho que é uma regiãofactível até o final do ano, e se a gente não tiver nenhuma mudança estrutural ou uma piorasignificativa no cenário global por conta da das tarifas e desses conflitos econômicos,principalmente, por Estados Unidos e China”.
Lourenço disse que o Ibovespa está próximo das máximas históricas em 137.500 pts.
“A gente tem visto um fluxo mais forte para o mercado emergente de forma geral, mas o mercadobrasileiro acaba se destacando quando a gente compara aos principais ETFs, que negociam no mercadoamericano. O Brasil segue sendo uma posição bastante forte nesse curto prazo. Também temcontribuído o próprio fluxo de dólar, que tem enfraquecido bastante nas últimas semanas. E osDIs negociando abaixo dos 14% em todos os vencimentos, com exceção do 2026, o que já reforçatambém esse movimento de alta nas ações brasileiras. Os juros e a inflação seguem no radar domercado, e o juro começa a precificar melhora, é um cenário mais benigno para Brasil. Nessecenário todo global, o fiscal brasileiro acaba sendo minimizado. O mercado de alguma forma jácomeça a trabalhar com a possibilidade mais firme de um de um fim de de ciclo de aperto monetáriono Brasil e possivelmente até no segundo semestre um início eh de um ciclo de alto de de baixa dodos juros”.
Mais cedo, Bruna Sene, analista de renda variável da Rico, disse que a tendência de curtoprazo ainda é de alta, com a bolsa brasileira se beneficiando de uma “melhora relativa” no contextoda guerra comercial. “Além disso, os investidores estão antecipando o fim do ciclo de alta dejuros no Brasil. No entanto, o movimento recente abre espaço para uma realização”.
Filipe Villegas, estrategista da Genial Investimentos, disse em boletim matinal, que o mercadofica atento à agenda macroeconômica nos Estados Unidos.
“Hoje serão divulgados o relatório Jolts e dados de confiança do consumidor. O mercado embusca de sinais para avaliar o rumo da política monetária nos EUA. Em relação às tarifas, Trumpestaria sinalizando uma moderação após a volatilidade do mercado desde abril. Ele estariaavaliando parte das tarifas automotivas, com uma possível isenção sobre peças estrangeiras,usadas, na produção de carros e caminhões nos EUA. Por aqui, segue o movimento de realocação,que segue favorecendo nossa bolsa, que apesar dos problemas domésticos, continua atrativa pelovaluation-nível de preço negociado na relação preço/lucro-, que está abaixo da média. O riscofiscal continua como pano de fundo”.
Soraia Budaibes – soraia.budaibes@cma.com.br (Safras News)
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