São Paulo, 13 de maio de 2025 – A Bolsa fechou em alta, bateu recorde histórico de pontuaçãono patamar acima dos 138 mil pontos, puxado por perspectiva de pausa na taxa básica de juros(Selic)-atualmente em 14,75% ao ano (aa), e possibilidade de corte das taxas americanas após oresultado da inflação americana melhor que o esperado. O Ibovespa também atingiu o maior nívelno interdiário de 139.418,97 pontos.
As ações de Hapvida (HAPV3), Azul (AZUL4) e CVC (CVCB3) lideravam os ganhos com alta de 11,29%e 9,29%. Yduq (YDUQS3) foi destaque de queda 8,47%.
As blue chips subiram- Vale (VALE3) +1,63%, Petrobras (PETR3 e PETR4) +0,58% e +1,51% e Itaú(ITUB4) + 1,23%.
O principal índice da B3 subiu 1,75%, aos 138.963,11 pontos. O Ibovespa futuro com vencimentoem junho avançou 1,58%, aos 140.825 pontos. O giro financeiro foi de R$ 27,1 bilhões. Nos EstadosUnidos, os índices fecharam mistos.
Nicolas Farto, sócio e head de renda variável da Vértiq Invest, disse que a ata do Copom e oCPI nos Estados Unidos puxam a bolsa para cima.
“Tivemos uma interpretação mais positiva para ata do Copom, embora eles tenham deixado espaçopara manter os juros ou até mencionam que em uma mudança mais trágica de cenário poderiam rever.O CPI mais interessante ajudou”.
Daniel Teles, especialista da Valor Investimentos, disse que a ata do Copom, inflação nos EUAe acordo entre EUA-China ajudam a Bolsa a subir na sessão de hoje.
“A perspectiva de fim de ciclo de alta de juros aqui, e a inflação americana [CPI, +0,2%]inferior ao esperado também significa que os Estados Unidos podem estar inclinando para um cenáriode corte de juros. Pela primeira vez na história, o Ibovespa rompeu o patamar dos 138 mil pontos. Oacordo entre EUA e China também ajuda porque apesar de os dois países entrarem em um nívelpraticável de tarifas, o Brasil poderia se beneficiar por conta da taxação menor [de 10%]”.
Inácio Alves, analista da Melver, disse que a possibilidade de pausa da Selic na próximareunião e inflação nos Estados Unidos dentro do esperado puxam bolsa para cima.
“A ata do Copom trouxe que é possível pausa na alta dos juros e a inflação dos EstadosUnidos veio linha ajudam nesse movimento de apetite ao risco. Mas enquanto a chance de o Comitêcomeçar a cortar juros no final do ano ou primeiro trimestre de 2025 teve um impacto mais a longoprazo, o acordo de 90 dias entre China e Estados Unidos ainda gera incerteza para os investidores. OIbovespa está rompendo a máxima histórica de 137.469 vista em agosto do ano passado e deve sesustentar em alta até o final do pregão, caso não tenha nenhuma notícia mais impactante”.
Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos disse que a ata do Copom veio mais dura, eacredita em manutenção para a reunião de junho.
“A ata vem com tom mais hawkish. Acredito que estão fazendo o certo ao trazer esse tom para asdiscussões, para tentar baixas as expectativas inflação, mas entendo que eles [os diretores doCopom] pararam de subir [os juros] e que na próxima reunião vão manter a Selic inalterada. Elesvão seguir com esse tom para tentar deixar alguma dúvida sobre a chance de subir nas próximasreuniões. Diferente das outras atas, eles trazem enfoque na política tarifária americana e osimpactos no mundo de como o cenário ficou mais difícil globalmente. Eles também mencionam sobreos núcleos de inflação se mantendo elevados. Essas discussões afastam o debate sobre corte dejuros no final do ano, pelo menos por agora. Eles não estão planejando outra alta de juros, masparece baixa a chance de corte de juros ainda em 2025 com o texto dessa ata. Acho que não tem maisalta de juros e que parou em 14,75%”.
Soraia Budaibes – soraia.budaibes@cma.com.br (Safras News)
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