São Paulo, 13 de maio de 2025 – A Bolsa opera em alta expressiva, bateu novo recorde nointerdiário, refletindo a possibilidade de manutenção da Selic na próxima reunião de junho doComitê de Política Monetária (Copom) e sem mais aperto monetário esse ano. Somado a isso, osbancos e Vale ajudam no apetite ao risco.
As ações da Vale (VALE3) subiam 1,25% e Itaú (ITUB4) avançava 1,50%.
Às 12h42 (horário de Brasília), o principal índice da B3 subia 1,57%, aos 138.728,55 pontos.O Ibovespa futuro com vencimento em junho avançava 1,38%, aos 140.530 pontos. O giro financeiro erade R$ 9,8 bilhões. Nos Estados Unidos, os índices operavam mistos.
Inácio Alves, analista da Melver, disse que a possibilidade de pausa da Selic na próximareunião e inflação nos Estados Unidos dentro do esperado puxam bolsa para cima.
“A ata do Copom trouxe que é possível pausa na alta dos juros e a inflação dos EstadosUnidos veio linha ajudam nesse movimento de apetite ao risco. Mas enquanto a chance de o Comitêcomeçar a cortar juros no final do ano ou primeiro trimestre de 2025 teve um impacto mais a longoprazo, o acordo de 90 dias entre China e Estados Unidos ainda gera incerteza para os investidores. OIbovespa está rompendo a máxima histórica de 137.469 vista em agosto do ano passado e deve sesustentar em alta até o final do pregão, caso não tenha nenhuma notícia mais impactante”.
Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos disse que a ata do Copom veio mais dura, eacredita em manutenção para a reunião de junho.
“A ata vem com tom mais hawkish. Acredito que estão fazendo o certo ao trazer esse tom para asdiscussões, para tentar baixas as expectativas inflação, mas entendo que eles [os diretores doCopom] pararam de subir [os juros] e que na próxima reunião vão manter a Selic inalterada. Elesvão seguir com esse tom para tentar deixar alguma dúvida sobre a chance de subir nas próximasreuniões. Diferente das outras atas, eles trazem enfoque na política tarifária americana e osimpactos no mundo de como o cenário ficou mais difícil globalmente. Eles também mencionam sobreos núcleos de inflação se mantendo elevados. Essas discussões afastam o debate sobre corte dejuros no final do ano, pelo menos por agora. Eles não estão planejando outra alta de juros, masparece baixa a chance de corte de juros ainda em 2025 com o texto dessa ata. Acho que não tem maisalta de juros e que parou em 14,75%”.
Soraia Budaibes – soraia.budaibes@cma.com.br (Safras News)
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