Boulos, Marçal e Datena são os mais rejeitados em SP, segundo Datafolha

Uma image de notas de 20 reais
As vantagens do atual ocupante do Edifício Matarazzo são maiores entre os evangélicos, os homens e aquelas pessoas com menor renda
Crédito: Divulgação ACSP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O novo colíder da disputa pela Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), também divide a ponta no campeonato de rejeição aos candidatos na capital. Dizem não votar no influenciador 34%, ante 37% que não apoiariam de forma alguma Guilherme Boulos (PSOL) e outros 32% que rejeitam José Luiz Datena (PSDB).

É o que aferiu nesta terça (20) e quarta (21) o Datafolha, em levantamento com margem de erro de três pontos percentuais. Na rodada anterior, há duas semanas, o instituto havia verificado a mesma trinca na liderança: Marçal tinha 30%, Datena, 31% e Boulos, 35% de taxa de rejeição.

Desde que São Paulo passou a ter eleições para prefeito após a ditadura, em 1985, ninguém foi eleito com tal rejeição -exceção feita a Paulo Maluf, que passou o bastão ao protegido Celso Pitta quando não havia o instituto da reeleição, no pleito de 1996.

A piora veio na esteira de sua intensa exposição na campanha, em debates e sabatinas nas quais vendeu uma imagem de agressividade extrema ante os adversários. Se isso pode ter rendido intenção de voto a ele, veio a um preço.

Além disso, o escrutínio acerca de seu desconhecido passado, que conta com uma condenação que prescreveu e negócios suspeitos, além de denúncias de envolvimento de seus aliados com o crime organizado, não parecem ter colaborado muito.

Marçal também ficou mais conhecido: 67% dizem saber quem ele é, ante 62% há duas semanas. Datena segue sendo o mais familiar dos candidatos, fruto de suas décadas na TV, com 98% de citações. Boulos é lembrado por 84% e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), por 85%.

O emedebista mantém sua rejeição em um nível mais confortável, 25% (eram 24%), numa das poucas boas notícias dessa rodada para sua campanha.

É nível semelhante de deputada Tabata Amaral (PSB), em quem 18% afirmam que nunca votariam. Ela ainda tem relativo baixo conhecimento, tendo passado de 58% para 61%. Já Marina Helena (Novo) é conhecida por 40% e rejeitada por 14%.

O Datafolha ouviu 1.204 pessoas nesta pesquisa, contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo. Seu número no Tribunal Superior Eleitoral é SP-08344/2024.

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