[AGÊNCIA DC NEWS]. Em quatro anos, completados no dia 16, o número de transações diárias com Pix saltou de 1,6 milhão no primeiro momento para 187 milhões, em média. Em resumo, são mais de 2,1 mil por segundo. “Uma das coisas que mais impressionam é o uso do Pix por pequenos comerciantes, pelo microempreendedor individual, que antes tinham dificuldade em oferecer um meio de pagamento digital aos clientes”, afirmou o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central (BC), Renato Dias de Brito Gomes. “Isso não só gerou eficiência na hora do pagamento, mas também permitiu novos modelos de negócios. Também incluiu muita gente que morava em regiões remotas para dentro do sistema financeiro”, disse Gomes, durante live promovida pelo BC para fazer um balanço do serviço implementado em 2020.
O recorde de transações em um único dia foi registrado em 6 de setembro deste ano: 227,4 milhões. É mais que a população brasileira. E esse é o grande feito do Pix e outras inovações recentes promovidas pelo BC – a inclusão bancária e a democratização do sistema. O diretor do BC lembrou que, segundo o mais recente Relatório de Economia Bancária, o número de usuários ativos (que fez pagamento ou operação de crédito nos três últimos meses) do Sistema Financeiro Nacional (SFN) mais que dobrou de 2018 a 2023, “em razão principalmente da maior digitalização dos serviços financeiros, impulsionada pelo auxílio emergencial durante a pandemia, do lançamento do Pix e da entrada de novas instituições”.
No caso de pessoas físicas, o total de usuários passou de 77 milhões em 2018 (46,8% da população adulta) para 152 milhões em 2023 (87,7%), crescimento de 97%. Entre as pessoas jurídicas, de 3,4 milhões para 11,6 milhões (+242%). De acordo com o diretor, quase metade (48%) das transações via Pix é feita entre pessoas, enquanto 40% são de uma pessoa para uma empresa. “Entre as fintechs, o número de usuários ativos cresceu em torno de 5.000%.”
No segundo trimestre de 2024, o sistema representava 45% das transações financeiras digitais. Eram 13% em igual período de 2021. “O Pix aposentou o Documento de Crédito (DOC), que não é mais oferecido desde março deste ano”, disse o BC. Já a TED [Transferência Eletrônica Disponível] caiu de 1,3 bilhão de transações anualmente, também em 2021, para menos de 900 mil em 2023. E o cartão de débito foi de 21% do total, no segundo trimestre de 2021, para 13% em igual período de 2024. No último dia de outubro, havia 805,6 milhões de chaves Pix, sendo 766,3 milhões pertencentes a pessoas físicas.
Durante a live (assista aqui), o diretor informou que o Pix Automático será lançado em 16 de junho do ano que vem. O novo sistema dispensará o convênio, hoje obrigatório, entre empresas que recebem o pagamento e o banco que oferece o serviço. “A ideia é que pagamentos recorrentes, como conta de luz, sejam automatizados de forma simples, sem burocracia e sem custos”, afirmou o BC. Além disso, o Pix por aproximação – como já ocorre com cartões de crédito e débito – “será ofertado de maneira parcial por alguns poucos atores e estará realmente disseminado a partir de fevereiro de 2025”.
