Canal do Panamá nega alegação do país sobre direitos preferenciais de travessia e o não pagamento de taxas

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São Paulo, 6 de fevereiro de 2025 – A Autoridade do Canal do Panamá negou nesta quarta-feira aalegação do Departamento de Estado dos EUA de que embarcações governamentais americanas poderiamcruzar o canal sem pagar taxas. A declaração ocorre em meio a tensões após o ex-presidenteDonald Trump ameaçar retomar o controle da via marítima. A autoridade panamenha, uma agênciaautônoma supervisionada pelo governo do Panamá, afirmou que não houve mudanças nas tarifas oudireitos de travessia e que sua resposta foi direcionada às reivindicações dos EUA.

O Departamento de Estado americano havia dito que o governo panamenho concordou em não cobrartaxas de travessia para embarcações dos EUA, o que geraria uma economia de milhões de dólaresanuais. Em resposta, a Autoridade do Canal do Panamá declarou que está disposta a dialogar comautoridades americanas sobre o trânsito de navios de guerra dos EUA, mas reafirmou que não háisenção de taxas.

O Panamá tornou-se alvo de críticas de Trump, que acusou o país de cobrar valores excessivospelo uso do canal, uma das rotas comerciais mais movimentadas do mundo. Ele chegou a ameaçarretomar o controle total do canal, alegando que os princípios morais e legais de sua gestão nãoestariam sendo seguidos. Além disso, Trump afirmou, sem provas, que o Panamá teria cedido ocontrole do canal à China, o que foi negado por ambos os países.

Recentemente, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, reuniu-se com o presidentepanamenho, José Raúl Mulino, que prometeu retirar o país da Iniciativa Belt and Road da China.Mulino também descartou as ameaças de Trump, lembrando que o canal foi devolvido ao Panamá em1999 após acordos bilaterais em 1977, encerrando décadas de administração conjunta. A situaçãoreflete as tensões geopolíticas na região, com o Panamá mantendo sua soberania sobre o canal.

Com informações da Reuters.

Vanessa Zampronho / Safras News

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