SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Nas considerações finais dos candidatos à Prefeitura de São Paulo que sobraram no debate da TV Cultura, os postulantes a agressão de José Luiz Datena (PSDB) a Pablo Marçal (PRTB), mas atribuíram aos dois a responsabilidade pelo ocorrido.
Ricardo Nunes (MDB), o atual prefeito, citou a “defesa da honra” por Datena após provocações do autodenominado ex-coach. O mesmo discurso foi adotado por Tabata.
O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, comparou o ataque ao episódio da bolinha de papel que atingiu José Serra, em 2010, quando o ex-senador concorria à Presidência da República.
Já Marina Helena (Novo) afirmou que não é possível comparar o ataque com a facada desferida em Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha de 2018. “Nada justifica o nível da agressão, mas são coisas completamente diferentes”, disse a concorrente pelo Novo.
O candidato José Luiz Datena (PSDB) agrediu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada em meio ao debate na TV Cultura neste domingo (15). O primeiro foi expulso, e o segundo deixou o programa que reunia os postulantes à Prefeitura de São Paulo.
O debate foi interrompido em seguida e voltou com os outros quatro participantes.
O candidato do PRTB provocou o apresentador nos blocos anteriores ao resgatar uma denúncia de assédio sexual contra Datena. O jornalista respondeu que o caso não foi confirmado pela polícia e acabou sendo arquivado pela Justiça. Disse ainda que o fato atingiu sua família e levou à morte de sua sogra.
“Senhoras e senhores, nós vamos às manchetes dos debates pela pior cena já vista em debates. Peço que se comportem para terminarmos bem o debate”, disse o mediador Leão Serva após a confusão, afirmando que a agressão foi um dos “eventos mais absurdos da história da TV brasileira”. Os concorrentes lamentaram.
A assessoria de Marçal disse que o influenciador e autodenominado ex-coach seguiu para um hospital para receber atendimento. Ele também demonstrou contrariedade com a continuação do debate sem sua presença.
Após a agressão, no quarto bloco, jornalistas que acompanhavam o debate de uma sala de imprensa se dirigiram à porta do estúdio, mas foram impedidos de seguir primeiro pela segurança do local e, depois, pela polícia. O debate foi realizado no Teatro B32, na avenida Faria Lima. O combinado era que não haveria plateia no teatro e, por isso, os jornalistas acompanhavam o embate do lado de fora.