A carteira de crédito do Itaú Unibanco somou R$ 1,278 trilhão no terceiro trimestre, crescimento de 1,9% sobre o segundo e de 9,9% na comparação anual. O banco divulgou seus resultados nesta terça-feira (5), com lucro recorde de R$ 10,7 bilhões – altas de 6% e 18,1%, respectivamente. Além disso, revisou para cima suas projeções para o crédito neste ano. Agora, a expectativa de crescimento é de 9,5% a 12,5%. Até então, ficava entre 6,5% e 9,5%. Entre os fatores que influenciaram o resultado, o Itaú destaca o aumento da margem financeira com os clientes, “impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito, aumento das receitas de serviços e seguros e da margem financeira com o mercado, além da redução do custo de crédito”. Esse custo, de R$ 8,2 bilhões, caiu 11% em relação a igual trimestre do ano passado, com destaque para o segmento Negócios de Varejo no Brasil.
O valor de R$ 1,278 trilhão inclui a América Latina. Apenas no Brasil, a carteira somou R$ 1,046 trilhão, com alta de 2,1% do segundo para o terceiro trimestre e de 10% em relação a igual período de 2023. Para micro, pequenas e médias empresas, o crédito (R$ 206,3 bilhões) cresceu 4,1% e 12,3%. Para grandes empresas (R$ 411,2 bilhões), 0,7% e 14,4%. Para pessoas físicas (R$ 428,7 bilhões), aumento trimestral de 2,5% e anual de 5,1%. Em suma, um pouco de folga para as empresas, mas um pouco mais de cuidado e aperto com o consumidor.
“Conseguimos, em mais um trimestre, expandir nossa carteira de crédito e controlar nossos riscos”, afirmou, em comunicado, o CFO do Itaú, Gabriel Amado de Moura. Segundo ele, essa dinâmica tem permitido entregar resultados muito consistentes em todos os indicadores financeiros, mantendo a expansão dos negócios e investimentos em tecnologia. “E em todas as iniciativas voltadas para melhorar a experiência dos nossos clientes.”
O relatório mostra também redução da inadimplência. O NPL 90 dias (sigla de Non Performing Loan, referente a empréstimos não pagos nesse período) foi de 2,6%, redução de 0,1 ponto porcentual no trimestre e de 0,4 ponto em relação a 2023. O custo do crédito caiu e a despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa (R$ 8,6 bilhões) recuou 7,9% no trimestre e 7,1% no ano. Nos nove primeiros meses de 2024, essa despesa (R$ 27 bilhões) diminuiu 3%.