China suspende restrições às entregas de aviões da empresa

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São Paulo, 13 de maio de 2025 – A China reabriu suas portas à Boeing, maior exportadora dosEstados Unidos, após os dois países alcançarem uma trégua temporária em sua guerra comercial.As informações são da agência de notícias Dow Jones.

Revertendo uma restrição anterior, Pequim informou às companhias aéreas do país que elaspodem receber as entregas de pedidos antigos de jatos da Boeing, segundo pessoas ligadas ao assunto.

No mês passado, o governo havia dito às empresas aéreas chinesas que seria necessário obteraprovação adicional antes de aceitar as aeronaves da Boeing que já haviam sido encomendadas, oque, na prática, interrompeu as entregas a um dos maiores mercados da fabricante.

A Bloomberg informou anteriormente que a China retomou as entregas de jatos da Boeing.

As companhias aéreas chinesas, que também relutavam em pagar tarifas superiores a 100%,devolveram vários jatos à Boeing que já estavam na China aguardando entrega final. Essasdevoluções comprometeram centenas de milhões de dólares em receita para a empresa.

Ainda não está claro quando – ou se – as companhias aéreas chinesas voltarão a receber osjatos da Boeing. O transporte internacional de aviões pode ser um processo demorado, e as aeronavescontinuam sujeitas a tarifas mais altas do que o habitual enquanto Estados Unidos e China negociamum acordo comercial mais permanente.

Perder o acesso ao mercado chinês prejudicou a receita da Boeing em um momento em que a empresabusca conter seu consumo de caixa e sair de uma crise financeira de anos. A Boeing prevê que, naspróximas duas décadas, o mercado chinês responderá por um quinto das entregas de aviões nomundo.

Em abril, o CEO Dave Calhoun informou que a Boeing pararia de fabricar jatos destinados à Chinacaso as companhias aéreas se recusassem a recebê-los, e que a fabricante poderia buscar outroscompradores para as aeronaves rejeitadas. Ele explicou que as devoluções ocorreram por causa dasaltas tarifas resultantes da guerra comercial entre EUA e China.

O gigante aeroespacial também é beneficiário do acordo comercial firmado na semana passadaentre Estados Unidos e Reino Unido.

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, ao anunciar o acordo, disse que opaís concordou em eliminar tarifas sobre motores a jato da Rolls-Royce e que uma companhia aéreabritânica – depois revelada como British Airways – compraria US$ 10 bilhões em aeronaves Boeing.

Darlan de Azevedo – darlan.azevedo@cma.com.br (Safras News)

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