São Paulo, 12 de fevereiro de 2025 – A Petrobras assinou Termo de Cooperação (TC) com a Marinha,no valor de R$100 milhões, para expansão da Rede de Modelagem e Observação Oceanográfica(REMO). Entre os objetivos estão reduzir o custo de monitoramento por boias – tradicionalmenteusadas para coletar dados -, expandir o monitoramento da costa brasileira, da Bacia de Pelotas, naregião Sul, até a Margem Equatorial, contribuir para ampliar o conhecimento sobre o extensolitoral brasileiro, além de qualificar o uso de veículos autônomos de superfície esubsuperfície. A duração do TC é de cinco anos.
A Margem Equatorial, área que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá, é considerada a nova emais promissora fronteira exploratória em água profundas. A cooperação beneficia não só aPetrobras mas todo o País. Temos um enorme litoral que precisa ser monitorado e tambémcompartilhamos dados com a academia, o que contribui para ampliar o conhecimento sobre nossa costa epara o desenvolvimento de tecnologia nacional, avalia a diretora de Engenharia e Tecnologia daPetrobras, Renata Baruzzi.
Um dos objetivos do Termo de Cooperação é qualificar e licenciar o uso de veículos autônomos desuperfície, não tripulados e não operados continuamente, como o SailBuoy e o glider. O SailBuoyé uma espécie de mini-veleiro, controlado via satélite, com operação ininterrupta mantida porbaterias carregadas por módulos fotovoltaicos. Esse equipamento também monitora dadosmeteoceanográficos, com a vantagem de resistir ao mau tempo, que pode impedir a operação segurade um navio. O glider é um veículo autônomo de subsuperfície, como um torpedo, que atinge atémil metros de profundidade e é usado para monitoramento amplo dos oceanos.
Enquanto as boias fazem medições localizadas, os veículos permitem medições mais abrangentes esão usados, por exemplo, para detecção de óleo, medição de correntes, temperatura, salinidadee concentração de oxigênio. Além de mais resistentes às intempéries, a operação com essesveículos robóticos custa cerca de 10% do que se gastaria com a mesma atividade em umaembarcação.
Os dados gerados serão compartilhados com a comunidade científica, por meio de programas como oPrograma Nacional de Boias (PNBOIA), que busca implementar a coleta de dados meteorológicos eoceanográficos ao longo da costa brasileira. Associado a esse projeto a Petrobras participa deoutros Termos de Cooperação que permitem a academia aumentar os conhecimentos sobre os fenômenosmeteoceanográficos como o Programa Antártico Brasileiro (Proantar); o Navio de PesquisaHidroceanográfico Vital de Oliveira e o Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira(Leplac).
As medições e avaliações trazem novos dados sobre o comportamento do oceano e aumentam asegurança das operações, contribuindo para segurança ambiental. Além disso, os investimentos daPetrobras em produção e disponibilização de dados meteoceanográficos podem beneficiaratividades como: transporte marítimo, gestão ambiental e planejamento costeiro, lembra Baruzzi.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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