Cia está atenta ao cenário de Brent mais baixo, mas nossa estratégia de longo prazo está mantida-CFO(amplia)

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São Paulo, 13 de maio de 2025 – Em teleconferência de resultados do 1T25, o diretor financeiro(CFO), Fernando Melgarejo, disse que o capex previsto no Plano Estratégico da Petrobras estámantido, mas que a companhia está atenta ao cenário de Brent mais baixo e citou algumas açõespara minimizar os impactos.

“A companhia está atenta ao cenário de Brent mais baixo, mas nossa estratégia de longo prazoestá mantida”, ressaltou o CFO, explicando que o plano estratégico da Petrobras prevê um VPLpositivo em cenários de até US$ 45 por barril. “Nosso plano é robusto, mas estamos atentos àsmudanças no cenário dentro da nossa indústria.”

As medidas mencionadas pela diretoria da Petrobras incluem minimizar efeitos inflacionários comotimização de gastos, mitigar impacto de preços menores no fluxo de caixa livre e reavaliaçãode campos maduros e repriorização de projetos com maiores retornos. “O guidance de capex serámantido em US$ 18,5 bi, ajustando a questão do câmbio”, acrescentou. “A presidente da Petrobrasressaltou a mensagem de austeridade no início da teleconferência. Portanto, estamos atentos, vamostomar medidas de curto e longo prazo e não vamos simplesmente aumentar dívida.”

Em relação ao capex do 1T25, Melgarejo disse que a redução para US$ 4,1 bi, de US$ 5,7 bi no4T24, confirma o que foi dito na teleconferência do trimestre anterior, de que a Petrobrasantecipou investimentos. E no 1T25, o capex foi materializado em diversas entregas, como plataformasem construção, interligações de poços e sondas em operação.

O executivo disse que a dívida bruta está dentro do limite previsto no plano de negócios dacompanhia e decorre principalmente da entrada do FPSO Almirante Tamandaré.

Redução do preço do diesel

Claudio Romeo Schlosser, diretor de Logística, Comercialização e Mercados, lembrou da mudança deestratégia de preços da Petrobras, há dois anos, que considera diversas variáveis, comentou quepara as três reduções do diesel consideraram, além da variação cambial, fatores como adecisão de aumento da produção pela Opep.

Em maio de 2023, a Petrobras anunciou que deixava de obedecer obrigatoriamente a política deparidade internacional do petróleo, que tinha como referência o dólar e o mercado exterior. Aestatal informou ainda que os reajustes continuariam sendo feitos sem periodicidade definida eevitando repassar variação de preços por causa das mudanças nos mercados internacionais. Com amudança, a Petrobras buscava mais flexibilidade para praticar preços competitivos e manter umpatamar de preço para garantir a realização de investimentos.

A companhia passou a adotar em sua estratégia comercial referências como “custo alternativo docliente” e “valor marginal para a Petrobras”. O custo alternativo do cliente considera as principaisalternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos,enquanto o valor marginal para a Petrobras é baseado no custo de oportunidade, levando emconsideração a produção, importação e exportação do produto ou dos petróleos utilizados norefino. A Petrobras disse que, no novo modelo, iria considerar a participação da companhia e opreço competitivo em cada mercado e região.

Margem Equatorial

A diretora da Exploração e Produção (E&P), Sylvia dos Anjos, reiterou a confiança da Petrobrasem obter a licença do Ibama para pesquisar petróleo na Margem Equatorial, mas disse que acompanhia não depende apenas dessa frente para ampliar sua base exploratória, citando outrasáreas de interesse já anunciadas pela companhia, como na Guiana.

Mercado de gás

O diretor de Transição Energética, Maurício Tolmasquim, disse que a Petrobras está avaliandooportunidades no novo ambiente do mercado de gás e que busca ampliar a participação da companhiacom novos produtos.

Plataformas

A diretora de Tecnologia, Renata Baruzzi, disse que a Petrobras está buscando parceiros para aconstrução de plataformas com foco nos custos e na competitividade. “Fomos à China buscarparceiros para nossos estaleiros. Para nós, é melhor ter parceiros locais, queremos fazer aqui noBrasil, considerando preço, qualidade etc., mas estamos buscando parcerias”, disse. “A nossaexpectativa é que os projetos de novas plataformas não passem de US$ 3,5 bi”, disse Baruzzi, emresposta a um analista.

Não há possibilidade nenhuma de ultrapassar o nosso capex previsto, ressaltou a diretora.

Fertilizantes e petroquímica

Em relação aos investimentos em fertilizantes, o diretor de processos industriais e produtos,William França, disse que a planta da Fafen, localizada em Araucária (PR), deve entrar emoperação até junho e, em outubro, a companhia deve voltar a operar as plantas da Proquigel/Unigelna Bahia e em Sergipe, após aprovação de o acordo para encerramento das controvérsiascontratuais e litígios existentes entre as partes pelo conselho de administração da Petrobras,anunciado na última sexta-feira (9).

Já a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-3), localizada em Três Lagoas (MS, está em fasede licitação e deve entrar em plena operação em 2028-29. Estamos com a licitação na rua e omercado está bem animado. Estamos recebendo muitas perguntas, complementou a diretora RenataBaruzzi, em relação ao interesse no projeto.

França também lembrou que a Petrobras está buscando oportunidades em petroquímica e mencionou oanúncio feito pela Braskem, em fevereiro, da assinatura de um contrato com a companhia, defornecimento de etano de longo prazo utilizando recursos previstos no Regime Especial da IndústriaQuímica (Reiq Investimentos), que prevê o crédito presumido de 1,5% de PIS/COFINS para execuçãode investimentos na ampliação de capacidade instalada da indústria química brasileira.

Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)

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