São Paulo, 10 de fevereiro de 2025 – O dólar fechou em queda de 0,12%, cotado a R$ 5,7844. Emdia de agenda esvaziada, o mercado refletiu a indefinição sobre uma eventual sobretaxação doaço nos Estados Unidos.
Para o analista da Potenza Capital Bruno Komura, “estamos vendo o mercado aguardando o anunciooficial das tarifas. Enquanto o mercado está reagindo aliviado. O fluxo parece continuar a favor doBrasil que é visto como barato pelos estrangeiros. No curto prazo podemos ter continuidade domovimento de baixa (em torno dos 5,80), mas não acho que seja sustentável. Conforme a gente tenhaimplementação dos planos do Trump e a deterioração do nosso fiscal teremos correção do câmbioindo em direção aos R$ 6,00. Um tema que tem chamado cada vez mais a atenção é o eleitoral.Talvez o mercado adiante a discussão e assim teremos uma eleição de 20 meses”.
Segundo o economista-chefe do Banco Bmg, Flávio Serrano, a divisa estadunidense mostravolatilidade devido ao noticiário, mas o mercado também mostra cautela com os indicadores queserão divulgados nesta semana, tanto aqui quanto nos Estados Unidos.
“O Brasil é um dos principais fornecedores de aço para os Estados Unidos, e essa barreiracomercial pode prejudicar diretamente empresas como CSN, Usiminas e Vale, que dependem do mercadoamericano para escoar parte de sua produção. A Gerdau, por ter operações nos Estados Unidos,pode sofrer menos, já que pode atender à demanda local sem depender das exportações. No entanto,para as empresas que não possuem essa estrutura, a necessidade de buscar novos mercados e lidar comum possível excesso de oferta interna pode pressionar margens e impactar a geração de empregos nosetor”, opinou o sócio da Nomes Investimentos, Rodolpho Damasco.
Paulo Holland / Safras News
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