SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse nesta segunda-feira (12) que o grande desafio do Brasil do ponto de vista econômico são as contas públicas e afirmou que “às vezes o governo gasta mais do que deveria”.
Rival do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aliado de Jair Bolsonaro (PL), Freitas reconheceu que a economia brasileira tem indicadores positivos, mas afirmou que alguns distúrbios no mercado doméstico são causados por certos discursos.
“Se a gente analisar fundamento, a coisa não está ruim, ou seja, nós temos uma quantidade de reservas bastante razoável, muito superior à dívida, a gente vai fazer aí 90 bi, 100 bi [de dólares] de superávit este ano de balança [comercial], então, às vezes tem crises que são geradas espontaneamente, por falas, que acabam perturbando um pouco o cenário”, afirmou durante palestra no Warren Day, evento com investidores em São Paulo.
O governador não fez citação direta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou seus ministros e aliados.
Segundo Freitas, há um pessimismo com o Brasil em um momento mais desafiador para os países emergentes, dado o cenário no exterior, de inflação resiliente e taxas de juros mais altas. Segundo ele, o Brasil precisa mais do que nunca mostrar que é “comportado” do ponto de vista das contas públicas.
Para o governador de São Paulo, basta o país mexer em “duas, três alavancas” para voltar ao rumo certo, o que, na avaliação dele, melhoraria as condições para investimentos.
Ao longo de sua fala, Freitas citou projetos em estudo e em curso de mobilidade e privatização para o estado paulista, e falou de medidas para redução de gastos públicos e tributários e de renegociação de dívidas.
Freitas falou em ampliar a capacidade de investimento de São Paulo, que possui, neste momento, o que ele classificou como projetos desafiadores do ponto de vista financeiro.