SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A previsão dos economistas sobre a inflação subiu pela sétima semana consecutiva, de acordo com o boletim Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (2).
Os analistas ouvidos pelo Banco Central acreditam que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) terminará o ano a 4,26%, um aumento de 0,01 ponto percentual em relação à semana anterior.
A perspectiva do mercado para o índice vem subindo desde 15 de julho, quando ele estava em 4%. Já a previsão para 2025 caiu de 3,93% para 3,92%, enquanto as projeções de 2026 e 2027 foram mantidas em 3,6% e 3,5%, respectivamente.
Outro índice que voltou a subir foi o PIB (Produto Interno Bruto), que está projetado em 2,46% neste ano. Na semana passada, ele estava em 2,43%. É a terceira semana seguida de alta. Os economistas reduziram a previsão para o próximo ano (de 1,86% para 1,85%) e mantiveram para 2026 e 2027 (2% nos dois anos).
O dólar também teve uma elevação em relação ao último levantamento, com a cotação indo para R$ 5,33, um alta de R$ 0,01 na comparação com a semana anterior. Na última sexta-feira (30), o BC realizou duas intervenções no câmbio com um leilão de US$ 1,5 bilhão e uma venda de 30 mil contratos de swap para tentar conter a alta da moeda.
Já a previsão para a Selic foi mantida em 10,5% neste ano, em 10% para 2025, em 9,5% para 2026 e em 9% para 2027.
As variações ocorreram após uma semana que ficou marcada pela indicação de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do BC, para a presidência da autarquia financeira. O nome apontado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda precisa ser aprovado pelo Senado.