Economistas preveem mais alta nos juros e aumento da inflação para este ano

Uma image de notas de 20 reais

Crédito: Bruno Peres/Agência Brasil

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Analistas ouvidos pelo Banco Central projetam novas altas na Selic para este ano, segundo boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (23) pela autarquia.

Agora, economistas estimam que a taxa básica de juros deve fechar o ano em 11,5%. Há uma semana, o patamar estava em 11,25% —e, há um mês, em 10,5%.

Segundo os analistas, a Selic deverá subir para 11,25% em novembro, mês em que o Copom (Comitê de Política Monetária) da autarquia voltará a se reunir. Na semana passada, o mercado havia projetado que o índice ficaria em 11% –número que já era maior do que os 10,5% previstos há quatro semanas.

Na última quarta-feira (18), o Copom elevou a Selic em 0,25 ponto percentual, de 10,5% para 10,75% ao ano, na primeira alta feita durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na ocasião, o comitê havia afirmado que o cenário demanda um política de juros que ajude a frear a força da atividade econômica para assegurar o controle da inflação.

Os economistas também esperam aumento no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que, segundo eles, deve fechar o ano em 4,37% –número acima dos 4,35% previstos na semana passada.

Por outro lado, de acordo com o relatório, o PIB deve fechar o ano em 3%, patamar maior do que os 2,96% divulgados como expectativa na semana passada. Desde agosto, o indicador vem crescendo semana a semana.

Já as projeções para o câmbio se mantiveram estáveis, com os economistas projetando a cotação do dólar em R$ 5,40 para o término deste ano, mesmo patamar apontado pelo mercado na semana passada.

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