Emprego com carteira sobe 16% em 2024. No varejo, 46%: quase 1 milhão de vagas líquidas em 4 anos
Estoque de empregos formais está em 47,2 milhões, sendo 10,6 milhões no comércio e 7,3 milhões no varejo
(Marcelo Camargo/Agência Brasil)
País abriu 1,7 milhão de vagas formais no ano passado, segundo o Caged. Desse total, 336,1 mil foram no comércio e 193,5 mil no varejo
De 2021 a 2024, setor de varejo criou 978,5 mil vagas CLT, depois de retração no primeiro ano da pandemia
Por Vitor Nuzzi
[AGÊNCIA DC NEWS]. O emprego com carteira assinada no comércio varejista cresceu bem acima da média em 2024, segundo os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O resultado total mostra saldo de 1,7 milhão de postos de trabalho formais, alta de 16,5% em relação ao ano anterior (1,4 milhão). No comércio, o saldo foi de 336,1 mil vagas, 21,5% a mais do que em 2023. Especificamente no varejo, os 193,5 mil empregos com carteira representaram alta de 46,2%. Após queda em 2020, primeiro ano da pandemia, no período 2021-2024 o varejo abriu 978,5 mil vagas líquidas.
O Caged registra contratações e demissões com base na CLT. Em 2024, por exemplo, foram realizadas 25,6 milhões de admissões formais e 23,9 milhões de desligamentos, resultando no saldo de 1,7 milhão. No caso do comércio, que inclui reparação de veículos, foram 6 milhões de contratações e 5,7 milhões de demissões. O estoque total de empregos com carteira no país é de 47,2 milhões. Apenas no comércio, o estoque está em 10,6 milhões, 22,4% do total de empregos com carteira. É o segundo maior do Caged – atrás apenas de serviços (23 milhões, 49%). Desses 10,6 milhões, 7,3 milhões (69%) são do varejo, e os demais estão em atacadistas (2,1 milhões) e comércio & reparação de veículos (1,1 milhão). O saldo em 2024 foi de 193,5 mil, crescimento de 46,2% sobre o ano anterior (saldo de 132,4 mil). Entre os diversos segmentos do varejo, o de produtos farmacêuticos & perfumaria fechou o ano com 36,6 mil postos de trabalho a mais, produtos alimentícios teve 27,4 mil e material de construção, 15,1 mil. (Confira abaixo o número de empregos com carteira assinada em cada segmento.)
Nos demais setores de atividade, o de serviços teve saldo de 929 mil no ano passado, mais da metade (54,8%) do total. A indústria fechou 2024 com acréscimo de 306,9 mil vagas, sendo 282,5 mil na de transformação. A construção civil, com 110,9 mil. E agricultura/pecuária, 10,8 mil. O salário médio de admissão foi de R$ 2,2 mil, aumento real (acima da inflação) de 2,6%. No comércio, salário médio de R$ 1,9 mil (+3%). Nesta sexta-feira (31), às 9h, saem mais dados do mercado de trabalho: o IBGE divulga a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, com informações relativas ao trimestre encerrado em dezembro. Assim, será divulgada também a taxa média de desemprego no ano.
