O mercado livre de energia, que promete descontos de até 40% nas contas, está aquecido. De janeiro a junho deste ano, as adesões à modalidade aumentaram 19%, passando de 37.965 usuários para 45.179. Nos últimos 12 meses (agosto/agosto), o crescimento foi de 42%. Os dados são da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). Além disso, 31.430 empresas já confirmaram às distribuidoras que migrarão para este mercado a partir de 2025, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
De acordo com a Abraceel, setores de comércio e serviços estão migrando rapidamente para a modalidade fora do mercado cativo, o que explica o avanço nos números. Antes da Portaria 50/2022, do Ministério de Minas e Energia (MME), só consumidores com demanda acima desse nível podiam fazer a migração.
“O consumidor quer preços mais baixos, claro, mas quer também participar da transição energética como protagonista e quer ter acesso a novos serviços”, disse Rodrigo Ferreira, presidente-executivo da Abraceel. Ele aponta um “desejo represado” dos consumidores de buscar melhores condições de fornecimento, prazos mais adequados e fontes de energia renováveis.