São Paulo, 13 de fevereiro de 2025 – A Agência Internacional de Energia (AIE) aumentouligeiramente sua previsão de crescimento da demanda global por petróleo para 1,1 milhão de barrispor dia em 2024, acima da estimativa anterior de 1,05 milhão. Com isso, o consumo médio globaldeve atingir 104 milhões de barris diários. Apesar do crescimento, o ritmo ainda será inferior aode 2023, quando a demanda aumentou mais de 2 milhões de barris por dia. A previsão da AIE tambémé significativamente mais baixa que a da Organização dos Países Exportadores de Petróleo(Opep), que espera um aumento de 1,45 milhão de barris diários. As informações são da agênciade notícias “Dow Jones”.
A China continuará liderando o crescimento da demanda, embora sua participação tenha caídopara 19%, em comparação com 60% na década anterior. O consumo chinês voltou a crescer no quartotrimestre de 2023, impulsionado pelo setor petroquímico. No entanto, o uso dos principaiscombustíveis – gasolina, querosene de aviação e diesel – apresentou uma leve queda, sugerindo quea demanda chinesa pode ter atingido seu pico.
No lado da oferta, o cumprimento das cotas de produção pelos países da Opep+ (que inclui aRússia) tem reduzido o excedente projetado para o mercado. A produção do grupo caiu 280.000barris por dia, com os 12 membros da Opep reduzindo sua produção em 480.000 barris diários emjaneiro. Apesar das sanções ocidentais e ataques ucranianos à infraestrutura de energia, a ofertade petróleo da Rússia subiu 100.000 barris diários no mesmo período.
A oferta global caiu 950.000 barris por dia em janeiro devido a condições climáticas adversasna América do Norte e quedas na produção da Líbia e Nigéria. A previsão de crescimento daoferta para 2024 foi reduzida de 1,8 milhão para 1,6 milhão de barris diários. Produtores fora daOpep+ devem adicionar 1,4 milhão de barris por dia, enquanto a Opep+ aumentará sua produção emapenas 140.000 barris diários. A AIE destacou que ainda é cedo para avaliar os impactos de novastarifas dos EUA e das sanções sobre Rússia e Irã na oferta global de petróleo.
Vanessa Zampronho / Safras News
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