Futuros operam em alta com excesso de oferta compensando otimismo por corte nos juros dos EUA

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São Paulo, 12 de dezembro de 2024 – Os preços dos contratos futuros do petróleo operam em altanesta quinta-feira, com a previsão de uma oferta abundante no mercado compensando o otimismo geradopelo aumento das expectativas de um corte nas taxas de juros nos Estados Unidos.

A #AIE# informou que espera um mercado de petróleo confortavelmente abastecido no próximo ano,mesmo revisando para cima sua previsão de demanda para 2024. Ontem, a #OPEP# cortou sua previsãode crescimento da demanda para 2024 pelo quinto mês consecutivo, sendo o corte mais significativoaté agora.

“Apesar disso, eles ainda preveem um mercado amplamente superabastecido, embora essa projeçãotenha diminuído ligeiramente com a revisão da demanda”, disse Giovanni Staunovo, analista decommodities do UBS. “O mercado está esperando mais notícias sobre medidas fiscais ao redor domundo, então não espero grandes movimentos nos preços a curto prazo.”

Nos Estados Unidos, a inflação subiu levemente, em linha com as expectativas dos economistas.Investidores estão amplamente esperando outro corte na taxa de juros pelo #FED#, o que gerou algumotimismo em relação ao crescimento econômico e à demanda por energia.

“O relatório de inflação traz muito conforto. Poderia ter sido melhor, mas parece ser baixo osuficiente para que o Fed reduza as taxas na próxima reunião”, disse Bjarne Schieldrop,analista-chefe de commodities do SEB.

No maior consumidor de petróleo do mundo, os Estados Unidos, os estoques de gasolina e destiladosaumentaram mais do que o esperado na última semana, segundo dados da EIA.

A demanda fraca, particularmente na China, maior importador mundial, e o crescimento da oferta forada Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados (Opep+) foram dois fatores portrás dos movimentos recentes. No entanto, os investidores antecipam um aumento na demanda chinesa,após Pequim divulgar planos esta semana para adotar uma política monetária “apropriadamentefrouxa” em 2025, o que poderia estimular a demanda por petróleo.

A demanda global por petróleo cresceu em um ritmo mais lento do que o esperado este mês, masmanteve-se resiliente, segundo analistas do JPMorgan. “O crescimento (da demanda por petróleo) naúltima semana foi limitado por uma leve redução no consumo de combustível de aviação em grandeparte do mundo”, informou a nota.

As importações de petróleo bruto da China também cresceram anualmente pela primeira vez em setemeses em novembro, subindo mais de 14% em relação ao ano anterior.O mercado agora aguarda sinais sobre cortes nas taxas de juros pelo Fed na próxima semana.

Os preços do petróleo subiram ontem, depois que os embaixadores da União Europeia concordaram comum 15º pacote de sanções contra a Rússia devido à guerra na Ucrânia. As sanções visaram a”frota sombra” de navios que ajudou a Rússia a contornar o teto de preço de US$ 60 por barrilimposto pelo G7 ao petróleo bruto transportado por via marítima em 2022.

O Kremlin afirmou que relatos de um possível endurecimento das sanções dos Estados Unidos contrao petróleo russo sugerem que a administração do presidente Joe Biden quer deixar um legadodifícil nas relações entre o país e a Rússia.A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse ontem que o país continua buscandomaneiras criativas de reduzir a receita de petróleo da Rússia, acrescentando que a menor demandaglobal por petróleo criou uma oportunidade para mais sanções.

Por volta de 9h31 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymexcom entrega para janeiro subia 0,08%, cotado a US$ 70,35 o barril. Já o preço do contrato do Brentnegociado na plataforma ICE, com entrega para fevereiro caía 0,06%, cotado a US$ 73,47 o barril.

Erika Kamikava / Safras News

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