São Paulo, 19 de maio de 2025 – Os preços dos contratos futuros do petróleo operam em quedanesta segunda-feira, reagindo ao rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela Moody’sRatings, a última das três grandes agências a manter a classificação máxima para o país. Omovimento reacende preocupações com a sustentabilidade da dívida estadunidense e desencadeia umaaversão generalizada ao risco nos mercados globais.
Na sexta-feira (16), a Moody’s reduziu o rating de emissor de longo prazo e os títulos senioresnão garantidos dos EUA de Aaa para Aa1, citando o aumento contínuo, por mais de uma década, dosníveis de endividamento público e dos pagamentos de juros, que hoje superam os de países com notasemelhante. A perspectiva passou de negativa para estável.
A decisão gerou impacto imediato no mercado financeiro nesta segunda. Investidores reduziramexposição a ativos americanos e de maior risco, como o petróleo bruto, enquanto buscavamproteção diante do cenário fiscal incerto.
“O rebaixamento da Moody’s, acrescentando foco renovado nos problemas da dívida fiscal dos EUA,e o alerta de Scott Bessent de que algumas tarifas podem retornar aos níveis do ‘Dia daLibertação’ prejudicaram o sentimento de risco no início do pregão”, comentou Ole Hansen, chefede estratégia de commodities do Saxo Bank.
Segundo nota do banco, o petróleo segue preso em uma “montanha-russa para lugar nenhum”,oscilando dentro de uma faixa ampla de preços. O foco do mercado alterna entre o excesso de oferta,as preocupações com a demanda – amplificadas por possíveis tarifas – e os riscos geopolíticos,incluindo negociações entre EUA e Irã e a possível redução da produção por parte de paísesde alto custo.
Por volta de 9h32 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado naNymex com entrega para junho caía 0,36%, cotado a US$ 62,26 o barril. Já o preço do contrato doBrent negociado na plataforma ICE, com entrega para julho recuava 0,50%, cotado a US$ 65,08 obarril.
Larissa Bernardes / Safras News
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