Grandes potências não devem oprimir os mais fracos, diz ministro das Relações Exteriores

Uma image de notas de 20 reais

São Paulo, 7 de março de 2025 – O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi,declarou que Pequim responderá firmemente à pressão dos Estados Unidos sobre tarifas e a questãodo fentanil. Ele enfatizou que grandes potências não devem oprimir os mais fracos, em uma críticaindireta à política externa do governo Trump. Wang apresentou a China como um ator confiável nocenário internacional, buscando fortalecer laços com a Europa e países do Sul Global,especialmente diante da retirada dos EUA de organizações internacionais.

A imposição de novas tarifas pelos Estados Unidos sobre importações chinesas, devido àcrise do fentanil, aumentou as tensões comerciais entre os dois países. Wang criticou essa medida,afirmando que a China sempre cooperou no combate ao tráfico da substância e não aceitarásanções injustificadas. Ele também alertou que os EUA não podem buscar boas relações com aChina enquanto simultaneamente a pressionam com restrições econômicas.

No conflito da Ucrânia, Wang Yi afirmou que a China deseja um acordo de paz justo, duradouro evinculante, respeitando os interesses de todas as partes envolvidas. No entanto, Pequim mantém suaparceria estratégica com Moscou e evita críticas públicas à Rússia. Enquanto o governo Trumpadota uma postura mais conciliadora em relação a Moscou, causando apreensão entre aliadosocidentais, a China busca se posicionar como um mediador global.

As relações entre China e Rússia permanecem estáveis, apesar da pressão internacional. Opresidente Xi Jinping reafirmou sua parceria com Vladimir Putin no terceiro aniversário da invasãoda Ucrânia. Enquanto Washington busca afastar Moscou de Pequim, analistas acreditam que a Chinaaproveitará divisões no Ocidente para estreitar laços com a Europa, mesmo com as tensõescomerciais e geopolíticas em jogo.Wang também destacou a importância do Sul Global na governança internacional, criticando naçõesque priorizam interesses próprios em detrimento dos mais fracos. Ele sugeriu que a retirada dos EUAde acordos multilaterais e a redução da ajuda externa criaram um vácuo estratégico que a Chinapretende ocupar. Dessa forma, Pequim se apresenta como defensora da estabilidade global,contrastando com a política isolacionista do governo Trump.

Vanessa Zampronho / Safras News

Copyright 2025 – Grupo CMA

MAIS LIDAS

Voltar ao topo