O IBGE apresentou nesta terça-feira (8) a sua nova Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), que irá a campo a partir de 5 de novembro, para atualizar o levantamento – a atual pesquisa é de 2017/18. Calculada desde os anos 1970 e com seis edições até agora, a POF é base para políticas públicas e também para o cálculo da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os resultados se tornarão públicos a partir de 2026.
No lançamento, a titular da Diretoria de Pesquisas (DPE) do IBGE, Elizabeth Hypolito, disse que a pesquisa “percorre todo o cotidiano do brasileiro”. Além de investigar rendimentos e gastos, aborda temas como segurança alimentar, qualidade de vida, acesso a medicamentos e serviços de saúde. E terá novidades como impactos ambientais, satisfação pessoal e financeira, gastos com apostas eletrônicas (bets) e discriminação. “É a primeira vez que a POF investiga essa temática”, afirmou Hypolito.
A coordenadora de Pesquisas Domiciliares do instituto, Adriana Beringuy, lembrou que o consumo representa em torno de 60% do PIB. “Ter POF é estratégico para o Brasil. Garantir regularidades de POF é extremamente importante”, afirmou. “Abre caminhos com as inovações que a sociedade demanda e que a gente precisa incorporar.”
Nesta quarta-feira (9), o IBGE informou que o IPCA de setembro foi de 0,44%, ante -0,02% em agosto. Com isso, o indicador acumula alta de 3,31% no ano e de 4,42% em 12 meses. Dois grupos foram responsáveis por praticamente toda a alta do mês: Habitação (1,80%, impacto de 0,27 ponto percentual) e Alimentação & Bebidas (0,50%, 0,11 ponto).