CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan Valle Bolsonaro (PL), 26, foi eleito como o vereador mais votado de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, com o apoio de 3.033 eleitores. É a estreia dele em eleições.
Embora seja conhecido como Jair Renan, o “filho 04” do ex-mandatário optou por se registrar nas urnas com o mesmo nome político do pai, Jair Bolsonaro.
Natural do Rio de Janeiro, reduto eleitoral da família Bolsonaro, Jair Renan passou a ter vínculo com Balneário Camboriú só no início de 2023, quando ganhou um cargo comissionado no gabinete do senador Jorge Seif (PL) e passou a atuar no escritório do parlamentar na cidade catarinense.
No mesmo ano, ele trocou seu domicílio eleitoral para a cidade e, em março de 2024, se filiou ao PL. Os adversários de Jair Renan exploraram, na campanha, o fato de ele não ter longa relação com a cidade.
A cúpula do PL injetou dinheiro na candidatura. Até a tarde de sexta-feira (4), Jair Renan já havia registrado mais de R$ 142 mil em receitas, quase o valor máximo legal permitido para a campanha (R$ 150.149,58). A maior parte mais de R$ 135 mil veio do Fundo Eleitoral do diretório nacional do PL.
No período da pré-campanha, Jair Renan chegou a frequentar os corredores da Câmara de Vereadores, que tem 19 assentos, cinco delas ocupadas políticos PL.
Ao longo da campanha, ele distribuiu santinhos pela cidade e participou de atos ao lado de candidatos do PL. Mas não é afeito a discursos e, quando fala em público, costuma apenas repetir os motes do pai, como “Deus, pátria, família e liberdade”.
Na reta final da campanha, o ex-presidente fez uma passagem rápida por Balneário Camboriú em apoio ao filho e aos candidatos do PL na cidade, que é considerada um reduto bolsonarista.
Em 2022, quase 75% do eleitorado da cidade votou em Bolsonaro no segundo turno das eleições contra Lula (PT). Em julho, a cidade também foi sede da CPAC (sigla em inglês para Conferência de Ação Política Conservadora), organizada no Brasil por Eduardo Bolsonaro. A estrela do evento foi Javier Milei, presidente argentino sem boas relações com Lula.