Lucro da Caixa cresce 27%, para R$ 3,3 bilhões, no 2º trimestre

Uma image de notas de 20 reais
Desde 2007, ano em que a Nota Fiscal Paulista foi criada, a iniciativa já devolveu cerca de R$ 19,1 bilhões aos participantes cadastrados
Crédito: Pixabay/Pexels

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Nesta quarta-feira (21), a Caixa Econômica Federal anunciou um lucro líquido recorrente de R$ 3,3 bilhões no segundo trimestre deste ano. O resultado é 27,3% maior que o registrado no mesmo período do ano passado e 14% acima do visto nos três meses anteriores.

A margem financeira do banco estatal somou R$ 15,5 bilhões no segundo trimestre de 2024, crescimentos de 4,1% em 12 meses e de 1,3% no trimestre.

O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido), que mede a rentabilidade do banco, teve uma alta anual de 1,78 ponto percentual e foi para 9,54%.

O resultado da Caixa é fruto de uma alta nas concessões de crédito em meio à queda na inadimplência. Em junho, a carteira de crédito total da instituição estava com um saldo de R$ 1,175 trilhão, crescimento de 10,6% sobre junho de 2023.

Só no segundo trimestre, foram concedidos R$ 159,1 bilhões em crédito total, aumento de 20%

em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O crédito imobiliário, carro-chefe do banco, cresceu 14,8% no mesmo intervalo, somando R$ 783,6 bilhões. Já o agronegócio teve alta de 19,5% (R$ 59 bilhões), e saneamento e infraestrutura, de 3,4% (R$ 101,8 bilhões), Para o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), por exemplo, foram R$ 6 bilhões entre abril e junho.

Já a carteira de crédito para empresas cresceu 2,9% para R$ 97,9 bilhões. Segundo o banco, o foco segue em Micro e Pequenas Empresas. Pelo Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e

Empresas de Pequeno Porte) foram concedidos R$ 1,6 bilhão em empréstimos no trimestre em questão.

O saldo de concessões a pessoas físicas fugiu à tendência e caiu 2,5% em relação ao segundo trimestre de 2023, com R$ 132,4 bilhões. A maior parte desses contratos é de crédito consignado, com R$ 101,2 bilhões de saldo.

Assim como os pares no setor, a inadimplência da Caixa segue em queda. Em junho, os atrasos acima de 90 dias eram 2,2% do total da carteira, reduções de 0,59 ponto percentual em relação a junho de 2023 e de 0,14 ponto percentual quando comparado a março de 2024.

Para cobrir possíveis calotes, a Caixa provisionou R$ 4,4 bilhões no segundo trimestre, 7,4% a menos que no ano anterior.

Como a carteira de crédito da estatal tem 92,5% de seu saldo com garantias, dado o crédito imobiliário, sua provisão é menor que a dos demais bancos.

As receitas de prestação de serviços, por sua vez, alcançaram R$ 6,8 bilhões, alta anual de 6,5% e trimestral de 1,9% no trimestre. As loterias pesaram nessa alta, com arrecadação de R$ 6 bilhões, crescimento de 16% em 12 meses.

Já as despesas administrativas totalizaram R$ 10,8 bilhões, crescimento de 9,3% em 12 meses e redução de 5,7% no trimestre, impactadas pelo PDV (Programa de Demissão Voluntária) em curso.

RAIO-X DA CAIXA NO 2º TRI de 2024

Fundação: 1861

Lucro líquido no 2º trimestre de 2021: R$ 3,3 bilhões

Clientes: 151 milhões

Agências: 3.371

Funcionários: 86,7 mil

Principais concorrentes: Bradesco, Santander, Banco do Brasil, Itaú, Nubank

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