São Paulo, 5 de fevereiro de 2025 – O lucro líquido recorrente do Itaú Unibanco, que desconsideraitens com impacto pontual sobre o resultado, aumentou 15,8% no quarto trimestre de 2024, para R$10,88 bilhões, subindo 15,1% em relação a um ano antes e 2% acima do trimestre anterior.
A carteira de crédito do Itaú Unibanco considerando apenas o Brasil aumentou 14,3%, para R$ 1,11bilhão. Levando em consideração os outros países em que o banco atua – principalmente naAmérica Latina -, houve alta de 15,5%, para R$ 1,359 bilhão.
A carteira de crédito avançou 6,3% no consolidado e 5,8% no Brasil no trimestre. Na carteira PF,os destaques foram os crescimentos de 5,6% do crédito imobiliário, de 1,8% da carteira deveículos e de 6,8% de cartão de crédito, que é sazonalmente maior no final do ano. Em cartão decrédito, o crescimento da carteira foi de 10,9% no trimestre nos segmentos Personnalité e Uniclass(crescimento de 17,5% em relação ao ano anterior). O crescimento da carteira de micro, pequenas emédias empresas foi de 8,1% no trimestre, e é explicado pela variação cambial do período e pelaoriginação de aproximadamente R$ 12 bilhões nas carteiras de programas governamentais,especialmente o FGI. Em grandes empresas no Brasil, o crescimento foi de 6,8% no trimestre, em parteem função do impacto da variação cambial.
O crescimento da carteira de crédito, além da maior margem de passivos, levou a um crescimento de3,7% da margem financeira com clientes no trimestre.
O retorno sobre o patrimônio líquido (RoE, na sigla em inglês) médio do Itaú Unibancoconsiderando apenas as operações brasileiras cresceu 1,2 pontos porcentuais (pp) no quartotrimestre de 2024, para 23,4%, enquanto o RoE incluindo todas as operações aumentou 18,9 pp, para22,1%.
A despesa do Itaú Unibanco com provisões para devedores duvidosos (PDD) diminuiu 0,8% no quartotrimestre de 2024, para R$ 9,22 bilhões, e o saldo de PDD acumulado até o fim do período foi deR$ 51,6 bilhões, caindo 6,8% em relação a um ano antes.
No relatório, o Itaú informa que o custo do crédito apresentou um aumento de 4,8% no trimestre.Não fosse o impacto positivo de R$ 500 milhões relacionado à recuperação de crédito de umcliente específico de grandes empresas no terceiro trimestre, o custo do crédito apresentaria umaredução de 1% no período. “Os indicadores de qualidade de crédito apresentaram contínua melhoraneste trimestre. Essa performance reflete a contínua melhora dos indicadores de atraso, tanto decurto quanto de longo prazo”, escreveu a diretoria, no balanço do 4T24.
O índice de inadimplência acima de 90 dias consolidado reduziu 0,2 p.p. e atingiu 2,4%. No Brasil,o indicador de pessoas físicas novamente reduziu 0,2 p.p. e atingiu 3,8%. Também merece destaque aredução de 0,5 p.p. no indicador de micro, pequenas e médias empresas, em parte pelo crescimentoda carteira. Tanto em pessoas físicas quanto em micro, pequenas e médias empresas, houve reduçãonominal do saldo da carteira em atraso acima de 90 dias. Houve redução de 0,2 p.p. no índice deinadimplência entre 15 e 90 dias, que fechou o trimestre em 2,0%. A queda no indicador da carteirade pessoas físicas foi de 0,2 p.p.. Na carteira de micro, pequenas e médias empresas no Brasil oindicador fechou o trimestre em 1,4%, redução de 0,1 p.p.
As receitas de serviços e seguros cresceram 3,9% no trimestre. “Tivemos maiores receitas comcartões, tanto no resultado de emissor quanto em adquirência. Além disso, merece destaque ocrescimento das receitas com administração de fundos em função do reconhecimento de performancefee no trimestre.”
As despesas não decorrentes de juros cresceram 4,8% na comparação trimestral, com alta sazonalnas despesas administrativas e operacionais.
Em 2024, o resultado recorrente gerencial atingiu R$ 41,4 bilhões, crescimento de 16,2% (excluindoo resultado da Argentina em 2023, o crescimento foi de 18,2%), e o retorno recorrente gerencial foi1,2 p.p. maior, atingindo 22,2%. “Merece destaque a evolução de 19,7% do resultado antes detributos e minoritários, que atingiu R$ 60,5 bilhões. A carteira de crédito avançou 15,5% noconsolidado e 14,3% no Brasil. O efeito positivo do crescimento da carteira, da maior margem compassivos e dos maiores ganhos com operações estruturadas do Atacado, levaram a um crescimento de7,1% na margem financeira com clientes (em base comparável, excluindo o resultado da operação naArgentina em 2023, o crescimento foi de 8,3%). No mesmo sentido, tivemos aumento na margemfinanceira com o mercado, além de redução de 6,6%, ou R$ 2,4 bilhões, no custo do crédito”,comentou o banco sobre o resultado do ano.
As receitas com prestação de serviços e seguros aumentaram 7,2% na comparação anual(crescimento de 7,7% em base comparável). Esse aumento ocorreu em função do maior faturamento naatividade de emissão de cartões, dos maiores ganhos com operações de banco de investimento e dasmaiores receitas com administração de recursos.
O banco também destacou o crescimento de 13,8% do resultado de seguros, previdência ecapitalização, com evoluções importantes em prêmios ganhos, em fundos de previdência ereceitas líquidas de capitalização.
As despesas não decorrentes de juros cresceram 6,8%, sendo que nossos custos core cresceram 4,4%,ou seja, abaixo do IPCA de 4,8% no ano. “Nosso índice de eficiência reduziu 0,4 p.p. noconsolidado e 0,2 p.p. no Brasil, atingindo os menores indicadores da série histórica em um únicoano, com 39,5% e 37,7%, respectivamente.”DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS
O Itaú Unibanco anunciou uma distribuição adicional aos acionistas de R$ 18,0 bilhões, sendo R$15,0 bilhões em juros sobre capital próprio e dividendos e R$ 3,0 bilhões em recompra de açõesque será realizada até dia 5 de fevereiro de 2026. Com isso, a distribuição líquida deresultado em 2024 foi de 69,4%.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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