Porto Alegre, 14 de maio de 2025 – O primeiro trimestre de 2025 da SLC Agrícola teve desempenhosignificativamente superior ao mesmo período do ano passado. Em videoconferência realizada nestaquarta-feira (14), o diretor financeiro da companhia, Ivo Brum, afirmou que resultado foiimpulsionado principalmente pela recuperação da produtividade da soja e pelo aumento de 10% naárea plantada pela companhia.
A receita líquida foi de R$ 2,3 bilhões, cerca de 19,1% superior ao valor registrado durante omesmo período de 2024. A empresa apontou que foram 883 mil toneladas faturadas, impulsionadas pelamaior colheita de soja e pela expedição de volumes da safra 2023/24.
Brum relatou que a safra 2024/25 foi beneficiada por melhores condições climáticas emcomparação com o ciclo anterior. A soja teve uma produtividade média de 3.958 quilos por hectare- 21,3% acima do ano anterior e 12% superior à média nacional, apesar de ligeiramente abaixo doprojetado (-0,5%).
“O algodão e o milho foram levemente impactados pelo deslocamento da janela ideal de plantio, oque exigiu ajustes na área plantada e nas estimativas de produtividade”, disse.
Para o algodão (média entre primeira e segunda safra), a empresa espera uma produtividade de1.960 quilos por hectare. O rendimento fica estável em relação à safra anterior, 2,5% acima damédia nacional e 3,2% abaixo do planejado. Para o milho, a estimativa é de 7.534 quilos porhectare, 3,7% superior ao ciclo anterior e 2,5% abaixo do orçado.
Custo de produção
Em relação aos custos, a SLC Agrícola indicou que o custo por hectare da safra 2024/25 devecair 5,4% em relação ao orçamento da safra anterior. “Essa queda reflete principalmente odeclínio dos preços dos fertilizantes, defensivos e sementes que tem uma forte correlação com ospreços das commodities. Quando comparamos a relação ao realizado da safra 23/24, tivemos umaqueda de 10% do reflexo da nossa estratégia focada em eficiência”, explicou Brum.
A empresa trabalha com o objetivo de manter estabilidade em dólar nos custos do pacotetecnológico (fertilizantes, sementes e defensivos). “Pode haver variações pontuais entre ositens, mas a ideia é que o custo total não aumente”, estimou o diretor financeiro.
No caso dos fertilizantes, houve mudança no percentual de uso de fosfato por ajustes feitospelo time de planejamento agrícola, com maior concentração do insumo nesta safra. Ainda assim,não há aumento previsto no custo médio em dólar.
Para os defensivos, foram feitas boas compras antecipadas, com preços inferiores aos do anopassado. No entanto, conforme Brum, algumas moléculas que ainda precisam ser adquiridas estão maiscaras. “Por isso, o time de suprimentos segue negociando fortemente com fornecedores, buscandoevitar repasse desses aumentos”, disse.
A SLC Agrícola acredita que a definição final do custeio para a próxima safra (quais áreas,culturas e regiões) ocorrerá por volta de agosto e setembro, após o fechamento das compras. Atélá, serão apresentadas versões preliminares do orçamento ao conselho, com aprovação finalprevista para setembro.
Próxima safra
Para a safra 2025/26, a companhia já teve um bom avanço nas compras de insumos. Foramadquiridos 57% dos nitrogenados, 82% do cloreto de potássio, 69% do fosfato e 57% dos defensivoscomprados.
A SLC projeta um aumento na área plantada para a safra 2025/26. Segundo Brum, as transaçõesrecentemente anunciadas permitirão viabilizar esse crescimento por meio da nova operação.
Ritiele Rodrigues – ritiele.rodrigues@safras.com.br (Safras News)
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