BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou nesta quinta-feira (7) a visita de uma equipe de médicos a Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o despacho, caso o ex-presidente precise ser internado, deverá comunicar o relator em até 24 horas, com a comprovação da necessidade da medida.
“Saliento, ainda, que, havendo a necessidade de intervenção urgente do custodiado por determinação médica, o juízo deverá ser informado em até 24 (vinte e quatro) horas de sua efetivação, com a devida comprovação”, disse.
Mais cedo, o ministro autorizou a ida do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e outros políticos à casa de Bolsonaro, em Brasília.
O ex-presidente está em prisão domiciliar desde a última segunda (4) e só pode receber visitas de pessoas autorizadas pelo relator. Ao determinar a medida, o ministro do Supremo havia proibido a visita de todos, exceto de advogados.
Em relação aos seguranças que Bolsonaro tem direito como ex-presidente, o ministro afirmou não se tratar de visitas, mas de continuidade do exercício de funções previstas em lei e que não foi interrompido pelas decisões judiciais.
Além disso, Moraes afirmou que cada interessado deverá formalizar o pedido de forma individual e específica.
Na quarta (6), o relator também autorizou que familiares do ex-presidente podem visitá-lo. A autorização foi dada para os filhos, cunhadas, netas e netos de Bolsonaro.
Eles não precisam comunicar antes ao Supremo sobre as visitas, mas são obrigados a cumprir as medidas impostas por Moraes como não usar o celular na casa do ex-presidente.
Com a flexibilização de Moraes, Flávio e seus irmãos têm acesso facilitado ao pai e podem visitá-lo sem restrição de horário.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) visitou o pai na quarta (6). Filho mais velho do ex-presidente, o parlamentar questiona as restrições impostas ao ex-presidente e até considerou se tornar advogado de Bolsonaro para ter acesso facilitado à casa.