SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As negociações do Tesouro Direto estão paralisadas novamente nesta terça-feira (22) em decorrência da greve dos servidores do Tesouro Nacional, que reinvidicam mudanças na carreira, além de reajuste salarial. Esta é a quarta interrupção neste mês.
A interrupção se dará em todo o sistema financeiro, e nenhuma instituição ou banco vai poder vender títulos aos investidores, informa o Tesouro.
“O Tesouro Nacional acompanha com atenção a mobilização dos servidores da carreira de Finanças e Controle e seus impactos nas atividades da instituição. No momento, as entregas críticas do órgão são realizadas normalmente, mas há uma lentidão nas demais atividades, resultando em um alongamento do cronograma de entrega de projetos e processos não críticos”, diz o órgão por meio de nota à imprensa.
O Tesouro informou ainda que alguns relatórios da instituição podem sofrer atrasos em suas divulgações, mas o cronograma de leilões de títulos e os pagamentos da dívida, relacionados à gestão da Dívida Pública Federal, continuarão a ser executadas normalmente.
A greve dos servidores do Tesouro teve início em agosto, provocando atrasos em divulgações estatísticas e operações de crédito de estados e municípios.
Recentemente, a história ganhou novos capítulos com a ida de funcionários à Justiça para entrega de cargos diante do impasse sobre o reajuste salarial.
No dia 7 de outubro, a categoria rejeitou, pela terceira vez, a proposta apresentada pelo governo. É uma das poucas que ainda não concluíram a negociação com o MGI (Ministério da Gestão e Inovação), responsável pela política de pessoal. Os acordos já firmados alcançam 98% da força de trabalho do Executivo federal.