SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que vai aumentar a Guarda Civil Municipal em 2.000 pessoas e não admitiu piora na educação pública municipal, aferida em avaliação oficial, na sabatina realizada por Folha e UOL, nesta sexta-feira (6).
Questionado sobre a nota para a educação em sua gestão, Nunes deu 9,5 e disse buscar sempre melhorar.
O Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) da rede municipal paulistana caiu de 5,7, em 2021, para 5,6 no ano passado. Em 2019, antes da pandemia, a média era 6. Com esse resultado, São Paulo ficou abaixo da média nacional das escolas públicas que foi de 5,7 e aquém da meta prevista pelo Ministério da Educação.
Nunes prometeu ainda aumentar o efetivo da Guarda Civil Municipal em 2.000 pessoas em quatro anos, no mínimo 500 em cada ano do seu eventual novo governo. O prefeito disse ainda que, nesta sua gestão atual, ampliou a guarda de 5.348 pessoas para mais de 7.000, além de aumentar em 72% o salário inicial na carreira.
O prefeito disse trabalhar “desde o primeiro dia” com o objetivo de acabar com a cracolândia e que, no trabalho conjunto com o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), esse momento chegará, embora não tenha respondido em quantos anos isso vai ocorrer.
“Em 2015 e 2016, eram 4 mil usuários, e hoje tem cerca de 900, portanto a gente teve avanço”, disse Nunes, mencionando a época de Fernando Haddad (PT) na prefeitura.
Respondendo sobre segurança, Nunes disse ter rigor e pulso firme a respeito de duas investigações -a que liga empresas de ônibus ao PCC e em relação aos guardas civis suspeitos de atuar em uma milícia na cracolândia.
“Não existe milícia na prefeitura de São Paulo porque tem um prefeito firme”, afirmou Nunes, ressaltando agir com “contundência para qualquer pessoa que comprometa a imagem da instituição [GCM] que seja afastada e responda criminalmente”.
A respeito da tarifa de ônibus, que é de R$ 4,40 desde o início da gestão, Nunes afirmou querer manter o congelamento, mas não garantiu isso.
“A ideia é que a gente possa manter. Eu não posso garantir isso. É a minha intenção, mas garantir eu não posso.”
A mediação das entrevistas foi de Fabíola Cidral, ao lado dos jornalistas Raquel Landim, do UOL, e Fábio Haddad, editor de Cotidiano da Folha.
Além de Nunes, outros postulantes foram convidados. Marçal foi entrevistado na quarta-feira (4) e Tabata Amaral (PSB) na quinta-feira (5). Na semana seguinte, de 9 a 13, será a vez de Guilherme Boulos (PSOL), Altino Prazeres (PSTU), Ricardo Senese (UP), João Pimenta (PCO) e Marina Helena (Novo). A entrevista com Bebeto Haddad (DC) deve ocorrer em 16 de setembro.
A Folha de S.Paulo e o UOL têm feito uma série de sabatinas com candidatos de todo o país. O ciclo de entrevistas foi iniciado em 10 de junho com os postulantes de Belo Horizonte e está sendo feito também em outras 17 cidades.
Além disso, Folha e UOL promoverão um debate com os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo. O encontro no primeiro turno será em 30 de setembro, às 10h. Caso haja segundo turno, haverá outro em 21 de outubro, também às 10h.