SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A participação de candidaturas femininas na corrida eleitoral nos municípios manteve o patamar registrado no pleito de 2020. Os pedidos de registros femininos para outubro representam 33,9% do total, contra 33,5% na eleição passada, segundo registros divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Ao todo, 154.344 mulheres se candidataram nos 5.568 municípios do país, 17% a menos em comparação a 2020. Porém, o número geral de candidaturas diminuiu no mesmo patamar, com 454 mil nomes na disputa, 18% a menos em relação ao pleito anterior.
A maioria das mulheres disputará o cargo de vereador, grupo no qual representam 35% do total de candidaturas. Em 2020, somavam 34,8% dos postulantes ao cargo. Em números absolutos, houve diminuição de 18%, passando de pouco mais de 180 mil candidaturas em 2020 para 148.446 mil agora.
O pleito de 2012 foi o último em que houve aumento significativo do número de mulheres disputando o Legislativo municipal, chegando a 33% ante 22% em 2008, o que especialistas atribuem à mudança na lei eleitoral que obrigou os partidos a lançarem 30% de candidatas.
Na corrida para as prefeituras, a participação feminina é mais alta entre vices, categoria na qual representam 23% do total, com 3.584 mil nomes.
Nas eleições municipais de 2020, o número de vices cresceu 41% em comparação a 2016, indo de 2.988 para 4.204 candidaturas. O pleito foi o primeiro após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que obrigou as legendas a repassar às mulheres tempo de propaganda e verba de campanha proporcional ao número de candidatas ou seja, ao menos 30%.
Entre os postulantes a prefeito nas eleições de outubro, as mulheres são 15%, com 2.314 candidaturas solicitadas. Em 2020, elas eram 13%, com 2.602 candidatas.