Preocupação com desidratação do fiscal na Câmara impulsiona e dólar chega a R$ 6,20 (amplia)

Uma image de notas de 20 reais

Crédito: Bruno Peres/Agência Brasil

São Paulo, 18 de dezembro de 2024 – O dólar comercial opera em alta neste momento, próximo damáxima do dia e superando a casa de R$ 6,20. A questão fiscal continua estressando o mercado.Apesar das negativas do ministro Haddad, o temor é que o pacote a ser aprovado na Câmara sejadesidratado, com efeitos ainda menores sobre o equilíbrio das contas.

Por volta das 14h40 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 1,76%, cotado a R$ 6,2028 paravenda. A máxima do dia é de R$ R$ 6,2043. O dólar futuro para janeiro tem valorização de 1,43%e é cotado a R$ 6,2000,50

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse há pouco, em entrevista a jornalistas, que o governoestá fazendo sua parte para acalmar o mercado, que é “mandar as medidas de contenção fiscal egarantir que elas não sejam desidratadas”. O ministro reforçou que a intenção é convencer aspessoas de que as medidas são necessárias para reforçar o arcabouço fiscal.

Questionado se novas medidas terão que ser adotadas, Haddad afirmou que “esse não é um trabalhoque se encerra. Vamos acompanhar e avaliar os impactos das medidas encaminhadas ao Congresso”. Oministro lembrou que há ainda pendente algumas questões envolvendo a receita, caso dadesoneração da folha de pagamento. “Precisamos resolver esta pendência no Supremo. Parte dissoserá reposta no ano que vem, mas não tudo”.

Haddad afirmou que o comportamento nervoso do câmbio é decorrência do sistema flutuante. “Nessemomento que as coisas estão pendentes há um clima de incerteza, mas acredito que o câmbio vai seacomodar”, disse.

Haddad afirmou que as conversas que têm mantido com as instituições financeiras indicamprojeções melhores para 2025 do que “as que especuladores estão fazendo”. Lembrou que o BancoCentral tem intervido e que o Tesouro passou a atuar na recompra de títulos para conter nonervosismo do mercado.

“Vamos continuar acompanhando até estabilizar”, garantiu o ministro. “Há contatos que estão feitoconosco que falam em especulação, eu prefiro trabalhar com os fundamentos. Não estou fazendojuízo sobre isso, mas a Fazenda trabalha com os fundamentos”, completou.

Dylan Della Pasqua / Safras News

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