Presidente diz que vai 'lutar até o fim' diante de ameaça de impeachment

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São Paulo, 12 de dezembro de 2024 – O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, afirmou nestaquinta-feira (12) que irá “lutar até o fim” diante da ameaça de impeachment liderada pelaoposição e apoiada por parte de seu próprio partido, o Partido do Poder Popular (PPP). Yoon, querecentemente declarou e rescindiu uma lei marcial, enfrenta acusações de insurreição e pressãocrescente para renunciar. Em um discurso transmitido pela televisão, ele acusou a Coreia do Nortede hackear a Comissão Eleitoral Nacional (NEC), lançando dúvidas sobre a derrota de seu partidonas eleições de abril. No entanto, a NEC rejeitou as alegações, afirmando que o sistemaeleitoral não foi comprometido.

Seis partidos de oposição, liderados pelo Partido Democrático, apresentaram um novo pedido deimpeachment, e pelo menos sete membros do PPP são esperados para apoiar a moção. O voto estámarcado para sábado, e são necessários oito votos do PPP para alcançar a maioria de doisterços. Caso o impeachment seja aprovado, o caso será enviado ao Tribunal Constitucional, queterá até seis meses para decidir se Yoon será destituído ou reintegrado. Enquanto isso, Yoonreafirma sua disposição de enfrentar as acusações, declarando que suas ações foramnecessárias para expor um suposto complô da oposição para “destruir o país”.

Yoon também está sob investigação criminal por sua breve declaração de lei marcial em 3 dedezembro, que provocou a maior crise política da Coreia do Sul em décadas. O incidente resultou emimpacto econômico e diplomático, além de gerar protestos em massa. Durante a breveimplementação da lei, soldados entraram nas instalações da NEC, levantando preocupações sobreinterferência militar nos assuntos civis. Yoon insiste que a lei marcial foi simbólica e destinadaa alertar sobre uma conspiração da oposição.

Os Estados Unidos, aliados de longa data da Coreia do Sul, mantiveram conversas de alto nívelcom as autoridades sul-coreanas para reafirmar o compromisso com a soberania do país e a proteçãocontra ameaças externas. A declaração do Comandante Paul LaCamera destacou a prontidão dasforças norte-americanas para atuar, caso necessário, enquanto o governo Biden monitora asituação política na Coreia do Sul.

Por outro lado, o Partido Democrático criticou duramente o discurso de Yoon, descrevendo-o como”delirante” e incentivando os membros do PPP a votarem a favor do impeachment. A oposição tambémexige investigações sobre possíveis irregularidades envolvendo a primeira-dama. Com o destinopolítico de Yoon pendendo no Tribunal Constitucional, a Coreia do Sul enfrenta uma fase deincerteza e intensificação do debate sobre a estabilidade democrática no país.

Vanessa Zampronho / Safras News

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