São Paulo, 29 de abril de 2025 – A produção no Brasil e no exterior de petróleo, líquido degás natural (LGN) e gás natural da Petrobras alcançou 2,771 milhões de barris de óleoequivalente por dia (boed) no primeiro trimestre deste ano, queda de 0,2%) na comparação anual. Emrelação ao quarto trimestre de 2024, houve alta de 5,4%.
“No 1T25, tivemos um aumento de 5,4% da produção média de óleo, LGN e gás natural, quealcançou 2,77 MMboed, em função, principalmente, do menor volume de perdas por paradas paramanutenções; da melhor eficiência operacional na Bacia de Santos; da entrada em produção doFPSO Almirante Tamandaré, no campo de Búzios; e do ramp-up do FPSO Marechal Duque de Caxias, nocampo de Mero, fatores parcialmente compensados pelo declínio natural de produção. Nestetrimestre, entraram em operação 11 novos poços produtores, sendo 6 na Bacia de Campos e 5 naBacia de Santos”, comentou a empresa, no relatório operacional do primeiro trimestre.
No Brasil, a produção foi de 2,740 milhões de boed, retração de 0,1% na comparação com omesmo período de 2025 e aumento de 5,5% em relação ao 4T24. No exterior, a produção foi de 31milhões de boed, baixa de 6,1% na comparação anual.
No pré-sal, onde a empresa é dona natural e tem como foco, a estatal produziu 1,853 milhões debarris por dia (bpd), queda de 0,2% na comparação anual e 5,3% superior à do trimestre anterior,devido, principalmente, à entrada em produção do FPSO Almirante Tamandaré no campo de Búzios eao ramp-up do FPSO Marechal Duque de Caxias no campo de Mero. Contribuíram também para esseaumento de produção o início da operação de 7 novos poços, sendo 5 na Bacia de Santos e 2 naBacia de Campos.
De acordo com a Petrobras, a performance os campos do pré-sal foram responsáveis por 73% daprodução de óleo no período. “Registramos 73% de participação do óleo do pré-sal na cargaprocessada no parque de refino nesse trimestre, 2 pp acima do 4T24 e igualando o recorde registradono 3T24. A elevada participação de óleos do pré-sal na carga processada reforça o foco naotimização de uso dessas correntes para produção de derivados de maior valor agregado ediminuição de emissões atmosféricas.
A Petrobras também alcançou um elevado rendimento na produção de derivados médios (diesel eQAV) e gasolina, que representaram 69% do volume total de derivados no 1T25, mesmo com realizaçãode importante parada geral planejada da RNEST nesse trimestre, quando foram concluídas as obras demodernização do Trem 1.
“A entrada em operação do FPSO Almirante Tamandaré é estratégica para a Petrobras e representaampliação de produção no campo de Búzios de forma sustentável e inovadora. Além de ser umaplataforma de alta capacidade, com potencial para produzir até 225 mil barris de óleo e processar12 milhões de metros cúbicos de gás por dia, possui tecnologias modernas de descarbonização,possibilitando aumento da eficiência e redução das emissões”, comentou Renata Baruzzi, diretorade Engenharia, Tecnologia e Inovação, no relatório.
A produção nos campos do pós-sal diminui 5,0% e atingiu 326 mil bpd no período. Em comparaçãoao 4T24, a produção do pós-sal foi 10,5% superior, principalmente emfunção do menor volume de perdas por paradas para manutenções e da entrada de 4 novos poços naBacia de Campos, compensando o declínio natural dos campos.
A produção em terra e águas rasas no 1T25 foi de 36 Mbpd, 1 Mbpd acima do trimestre anterior,principalmente em função do menor volume de perdas com paradas para manutenções. Na comparaçãoanual, houve aumento de 2,9%.
No segmento de Refino, o volume total de vendas, que engloba Brasil e exterior, foi de 2,861milhões de bpd, 1,9% inferior na comparação anual, sendo 1,696 milhões no mercado interno, altade 2,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior, impulsionadas pelo diesel, gasolina eQAV. No mercado externo, baixa de 11,1%, para 788 mil bpd.
As vendas no 1T25 foram inferiores às do 4T24 devido, principalmente, à sazonalidade típica dademanda por derivados no período inicial do ano.
O volume das vendas de diesel no 1T25 apresentou um patamar semelhante ao do 4T24. O diesel S-10representou 66% das vendas totais de diesel.
As vendas de gasolina caíram 7,9% no 1T25 em comparação ao 4T24, impactadas pela sazonalidade dademanda, que se caracteriza por um maior consumo do derivado no último trimestre devido à maiormovimentação de veículos por conta das festas de fim de ano e da injeção do décimo terceirosalário naeconomia.
A redução de 1,7% nos volumes de vendas de QAV entre o 1T25 e o 4T24 deve-se à base decomparação mais elevada do trimestre anterior, impulsionada pelo crescimento do segmentointernacional e pela realização do G-20 no Rio de Janeiro.
A queda de 3,3% nas vendas de GLP no 1T25 em relação ao 4T24 foi influenciada por fatoressazonais. No 1º trimestre, as temperaturas médias são mais altas, reduzindo o consumo de energia.Além disso, as férias no início do ano diminuem o uso residencial de GLP para cocção e, a menoratividade industrial, reduz a demanda de GLP não P-13.
As vendas de nafta no 1T25 caíram 17,3% em relação ao 4T24. A redução se deve principalmente àmenor disponibilidade de nafta pela parada da RNEST.
As vendas de óleo combustível recuaram 12,5% no comparativo do 1T25 com o 4T24. O principal fatorfoi a redução nas vendas para o segmento industrial, que aumentou o uso de outros combustíveis,como o Gás Natural. Houve também redução nas vendas para o segmento de geração de energiaelétrica. Por outro lado, houve aumento nas vendas para o segmento marítimo, com pico sazonal deconsumo por navios de cruzeiro.
A produção total de derivados no 1T25 foi de 1.706 Mbpd, 6,2% menor em relação ao 4T24,influenciada pela parada geral planejada da RNEST, ocorrida entre janeiro e março de 2025. Mesmocom essa parada relevante, o fator de utilização total (FUT) do 1T25 se manteve no patamar dos90%, apenas 5,0 p.p. abaixo do 4T24.
A produção de diesel no 1T25 foi 9,9% menor em comparação com a do 4T24, como consequência daparada geral programada da RNEST. Destaca-se o recorde trimestral de produção de diesel S10alcançado pela REPAR no 1T25, de 48 Mbpd.
A produção de gasolina no 1T25 foi 3,0% menor em comparação com a do 4T24, seguindo a menordemanda de mercado, enquanto a redução de 10,0% na produção de nafta na comparação entre essestrimestres ocorreu, principalmente, devido à parada geral planejada da RNEST. A produção de QAVno 1T25 não variou em relação a do 4T24, alinhada com a elevada demanda sazonal desse produto.
A produção de GLP no 1T25 foi 4,2% menor em comparação com a do 4T24, como consequência dasazonalidade do mercado.
Cynara Escobar – cynara.escobar@cma.com.br (Safras News)
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