Ranking 2024 Cielo-SBVC do Varejo: faturamento de R$ 1,1 trilhão mostra crescimento anual de 7,9%

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Supermercados são destaques em ranking das maiores varejistas do Brasil. Carrefour está no topo da lista seguido por Assaí
Crédito: Freepik
  • Faturamento das 300 maiores corresponde a 10,3% do PIB. Carrefour é 1º da lista. Americanas está entre as 10 maiores
  • Rede Moranguinho de supermercados, do Ceará, é o último da lista - receitas de R$ 460 milhões
Por Da Redação

De um lado, o líder Grupo Carrefour. Com 1.188 lojas, faturou R$ 115,4 bilhões, alta anual de 7%. Na outra ponta, 299 posições atrás, o Supermercado Moranguinho, rede do interior cearense com receitas de R$ 460 milhões, crescimento de 13% sobre 2022. O primeiro, um gigante global de atuação nacional. O segundo, um atuante player regional em expansão – apenas no ano passado foram abertas quatro unidades (saindo de 11 para 15 endereços) na empresa fundada e presidida por José Albecir da Silva, um ex-camelô. Porcentual bem acima do apurado pelo IBGE para o Varejo Restrito (+4,2%) e o Varejo Ampliado (+5,3%). Em 2023, essas empresas faturaram R$ 1,129 trilhão, 7,9% mais que no ano anterior. Os dados fazem parte do Ranking 2024 das 300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro, estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) que tem como patrocinadora master a Cielo, que há dez anos desenvolve o Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA).

“Em meio a fusões, aquisições e transformações, o setor vem evoluindo, amadurecendo e se modernizando”, afirmou o presidente da SBVC, Eduardo Terra. Ele ressalta o contexto de transformação do segmento, em que fatores tão diversos quanto inteligência artificial, varejo cross border e transformações socioeconômicas geram, segundo ele, “novos paradigmas, desafios e oportunidades”. O faturamento de R$ 1,129 trilhão das 300 maiores varejistas corresponde a 10,3% do PIB. Embora tenha interrompido um ciclo de três anos de expansão de dois dígitos nas vendas, os maiores varejistas cresceram acima da economia brasileira (o PIB teve alta de 2,9%). Foi o sétimo ano consecutivo em que o varejo superou o desempenho da economia como um todo. “E o grupo das 300 maiores continua a crescer mais que o varejo em geral, mostrando que essas empresas têm sido capazes de entender os consumidores e responder melhor aos movimentos do mercado”, afirmou Terra.

DADOS – Eduardo Terra diz que mais do que a influência de fatores macroeconômicos, “o que realmente faz a diferença para as 300 maiores varejistas brasileiras é a capacidade de utilizar dados para conhecer os consumidores e entregar propostas de valor sólidas”. O número de empresas com e-commerce em operação, por exemplo, subiu de 162 para 217 nos últimos quatro anos. Uma elevação de 34%. Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail e vice-presidente da SBVC, concorda. “Fatores de inovação relevantes, como a diversificação das vendas digitais e o aumento da potência dos marketplaces, revelados no ranking, mostram a capacidade do varejo de enfrentar cenários complexos”, afirmou. 

Escolhas do Editor

O ranking Cielo-SBVC 2024 das 300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro é feito a partir da coleta de informações por grupos de trabalho abrangendo empresas com operações em âmbito local, regional e nacional, cujo faturamento estaria potencialmente colocado entre as maiores 300 empresas de varejo. Segundo o documento da SBVC, as empresas foram segmentadas de acordo com os principais ramos de atuação, procurando ratificar e/ou retificar a lista original, a partir de informações de entidades e associações setoriais e com informações publicamente disponibilizadas.

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