Rei Charles 3º pagará pensão anual ao irmão Andrew após retirada de títulos reais, diz jornal

Uma image de notas de 20 reais

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PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – O príncipe Andrew deverá receber uma pensão anual para se manter após ter seus títulos reais retirados pelo irmão, o rei Charles 3º. Segundo o jornal britânico The Guardian, a pensão será paga com recursos privados do rei e deverá superar as 20 mil libras que Andrew atualmente recebe da Marinha britânica.

O futuro ex-duque de York, que tem 65 anos, também deve receber uma quantia não divulgada, mas descrita pelo Guardian como um valor de seis dígitos, para cobrir os custos de sua mudança do Royal Lodge, uma das residências da família real em Windsor, para uma casa em Sandringham, em Norfolk.

O pagamento único para a mudança ainda estaria em negociação. Os planos de Charles são vistos como uma solução definitiva para resolver o problema que Andrew representa para a monarquia em meio à crise de popularidade da instituição, especialmente entre a população jovem.

O irmão do monarca britânico é acusado de envolvimento com a rede de exploração sexual operada pelo financista americano Jeffrey Epstein, morto em 2019.

Na quinta-feira (30), o Palácio de Buckingham divulgou uma nota informando que Andrew perderia seus títulos reais. “Essas medidas são consideradas necessárias, embora ele continue negando as acusações”, diz o comunicado. A decisão foi elogiada por políticos de diferentes espectros ideológicos no Reino Unido.

Com a perda do título de duque de York, o irmão do rei passará a ser tratado pelo nome civil, Andrew Mountbatten Windsor, mas permanecerá em oitavo lugar na linha de sucessão ao trono britânico.

Ele já havia renunciado no começo do mês ao título de duque. “Em discussão com o rei e minha família imediata e ampla, concluímos que as contínuas acusações contra mim desviam a atenção do trabalho de Sua Majestade e da Família Real”, disse na ocasião.

Em 2021, Andrew foi denunciado por Virginia Giuffre, que moveu uma ação contra ele em um tribunal de Nova York em 2021, acusando-o de abuso sexual em três ocasiões quando ela tinha 17 anos. Ela alegava que os encontros haviam sido organizados por Epstein, e os abusos teriam ocorrido em propriedades do financista e de sua companheira, a britânica Ghislaine Maxwell.

Epstein se suicidou em uma prisão nos Estados Unidos em 2019, enquanto aguardava julgamento, enquanto Ghislaine foi posteriormente condenada pela Justiça americana em cinco acusações por recrutar jovens e auxiliar na rede de tráfico sexual. Já Giuffre se suicidou em abril deste ano, aos 41 anos.

O envolvimento de Epstein com figuras políticas e empresários é alvo de protestos em diferentes países, principalmente no Reino Unido e nos Estados Unidos. Em setembro, uma imagem de Epstein e Donald Trump, que tiveram uma longa amizade, foi projetada na fachada do castelo de Windsor em meio à visita do presidente americano ao país.

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