RIO DE JANEIRO, RJ, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O setor de serviços fechou o acumulado de 2024 com alta de 3,7%, segundo dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta sexta-feira (7) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O avanço é o maior desde 2022 (4,3%).
O PIB como um todo fechou 2024 com alta de 3,4%, a maior desde 2021 (4,8%). A base de comparação com 2020, contudo, estava fragilizada pela pandemia.
Outra contribuição positiva para o PIB de 2024 veio da indústria, que cresceu 3,3%. É o maior avanço do setor desde 2021 (5%).
A agropecuária, por outro lado, teve queda de 3,2% no ano passado. O resultado é visto como reflexo dos problemas climáticos no país.
O setor de serviços é aquele que mais pesa na atividade econômica. Respondeu por 68,8% do PIB pelo lado da oferta no ano passado.
Houve crescimento em todas as atividades que compõem os serviços. São os casos de informação e comunicação (6,2%), outras atividades de serviços (5,3%), comércio (3,8%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (3,7%), atividades imobiliárias (3,3%), transporte, armazenagem e correio (1,9%) e administração, defesa, saúde, educação e seguridade social (1,8%).
Na indústria, o destaque positivo foi a construção, com alta de 4,3%. Esse ramo, diz o IBGE, teve impulso do crescimento da ocupação na atividade, da produção de insumos e da expansão do crédito.
A indústria ainda teve elevação nos segmentos de transformação (3,8%), eletricidade, gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos (3,6%) e indústrias extrativas (0,5%).
Economistas afirmam que, em 2024, o consumo de serviços e bens industriais foi estimulado pelo aquecimento do emprego e da renda, além das transferências do governo federal.
O aumento da taxa básica de juros (Selic), por outro lado, é um desafio no horizonte para 2025, já que encarece o crédito para as famílias e as empresas.
A medida busca conter a inflação ao esfriar a demanda por bens e serviços, o que leva a projeções de desaceleração do PIB em 2025.
A economia já mostrou perda de ritmo no quarto trimestre de 2024, quando ficou praticamente estagnada. O PIB registrou leve variação positiva de 0,2% frente aos três meses imediatamente anteriores.
No mesmo recorte, o setor de serviços mostrou taxa de 0,1%. A indústria, por sua vez, variou 0,3%, enquanto a agropecuária recuou 2,3%.
Ao longo do ano passado, períodos de seca em diferentes regiões e enchentes de proporções históricas no Rio Grande do Sul castigaram a produção no campo.
Em 2025, a perspectiva é de recuperação da agropecuária com a safra de grãos. A previsão é de recorde na colheita no país.