Setor público consolidado registrou déficit primário de R$47,6 bilhões (0,40% do PIB) em 2024

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Crédito: Bruno Peres/Agência Brasil

São Paulo, 31 de janeiro de 2025 – O setor público consolidado registrou em 2024 déficitprimário de R$47,6 bilhões (0,40% do PIB), ante déficit de R$249,1 bilhões (2,28% do PIB) em2023. No mês de dezembro, houve superávit primário de R$15,7 bilhões no setor públicoconsolidado, ante déficit de R$129,6 bilhões em dezembro de 2023, ressaltando-se que naquele mêso impacto do pagamento de precatórios alcançou R$92,4 bilhões. Em dezembro, o Governo Central eas empresas estatais foram superavitários, na ordem, em R$26,7 bilhões e R$1,0 bilhão, enquantoos governos regionais registraram déficit de R$12,0 bilhões.

Em 2024, os juros nominais do setor público consolidado, apropriados pelo critério decompetência, alcançaram R$950,4 bilhões (8,05% do PIB), ante R$718,3 bilhões (6,56% do PIB) em2023. Em dezembro, os juros nominais atingiram R$96,1 bilhões, ante R$63,9 bilhões em dezembro de2023. Contribuiu para essa elevação o resultado das operações de swap cambial (ganho de R$6,6bilhões em dezembro de 2023 e perda de R$19,9 bilhões em dezembro de 2024).

O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os jurosnominais apropriados, foi deficitário em R$998,0 bilhões (8,45% do PIB) em 2024, ante R$967,4bilhões (8,84% do PIB) em 2023. Em dezembro, o déficit nominal atingiu R$80,4 bilhões,comparativamente a R$193,4 bilhões em dezembro do ano anterior.

A redução de 0,39 p.p. do PIB no resultado nominal em 2024 decorreu da melhora no resultadoprimário, uma vez que os juros nominais do setor público consolidado no ano, 8,05% do PIB,elevaram-se pelo quarto ano seguido, alcançando o maior percentual desde 2015 (8,37% do PIB).

DIVIDA LIQUIDA DO SETOR PÚBLICO E DIVIDA BRUTA DO GOVERNO GERAL

A DLSP atingiu 61,1% do PIB (R$7,2 trilhões) em 2024, com elevação anual de 0,7 p.p. do PIB.Contribuíram para esse resultado, os juros nominais apropriados (+8,0 p.p.), o déficit primário(+0,4 p.p.), o reconhecimento de dívidas (+0,2 p.p.), o efeito da desvalorização cambial de 27,9%no ano (-2,9 p.p.), os demais ajustes da dívida externa líquida (-0,3 p.p.), o efeito dasprivatizações (-0,3 p.p.) e o crescimento do PIB nominal (-4,4 p.p.).

Em dezembro, a relação DLSP/PIB diminuiu 0,1 p.p. em relação ao mês anterior, refletindo osimpactos do superávit primário (-0,1 p.p.), dos juros nominais apropriados (+0,8 p.p.), dadesvalorização cambial de 2,3% no mês (-0,3 p.p.), dos demais ajustes da dívida externa líquida(+0,1 p.p.) e do crescimento do PIB nominal (-0,6 p.p.).

A DBGG que compreende o governo federal, o INSS e os governos estaduais e municipais atingiu 76,1%do PIB (R$9,0 trilhões) em 2024. No ano, a relação DBGG/PIB elevou-se 2,2 p.p., resultadodecorrente da incorporação de juros nominais (+7,5 p.p.), do efeito da desvalorização cambialacumulada no ano (+1,0 p.p.), do reconhecimento de dívidas (+0,3 p.p.), dos resgates líquidos dedívida (-0,9 p.p.), dos demais ajustes da dívida externa (-0,2 p.p.), e do crescimento do PIBnominal (-5,4 p.p.). Em dezembro, a relação DBGG/PIB reduziu-se 1,6 p.p. do PIB, refletindo osresgates líquidos de dívida (-1,7 p.p.), o crescimento do PIB nominal (-0,7 p.p.), o efeito dadesvalorização cambial (+0,1 p.p.) e os juros nominais incorporados (+0,7 p.p.).

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