São Paulo, 29 de abril de 2025 – As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros(DIs) operam mistas, com bastante volatilidade, abaixo dos 14%, à exceção do DI26, com o mercadocomeçando a trabalhar com fim do ciclo de alta de juros. A inflação segue no radar do mercado.
Mais cedo, foi divulgado o IGPM acelerou 0,24% em abril, avanço em relação a março, quandoregistrou queda de 0,34%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 1,23% no ano e 8,50% nosúltimos 12 meses. Em abril de 2024, o IGP-M registrou uma alta de 0,31% no mês, acumulando umaredução de 3,04% em 12 meses.
Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos, disse que “o iníciode ciclo de corte de juros lá fora por conta da desaceleração econômica nos Estados Unidos, podeabrir espaço para que a gente veja, uma redução dos juros, não de forma imediata, mas pelo menoso fim do ciclo de aperto monetário. O mercado já começa a trabalhar, de alguma forma, com apossibilidade mais firme de um de um fim de ciclo de aperto monetário no Brasil e, possivelmente,até no segundo semestre um início de um ciclo de baixa do dos juros. A gente já começa a ver acurva de juro refletindo isso. As curvas longas já estão abaixo dos 14%, à exceção do DI26, eisso é um indicativo. A gente vê as maiores economias do mundo enfrentando um quadro desafiador deinflação, e agora tendo de lidar com processo potencialmente de recessão. Aqui, apesar de lidarcom a inflação, os últimos dados têm mostrado certa estabilidade, mas estamos conseguindosustentar um nível saudável de crescimento, o que coloca o Brasil em uma alternativa viávelcomparado com demais economias”.
Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, disse que “por aqui, agenda temsondagens do comércio e dos serviços e IGP-M como destaque, além de discurso de Galípolo napublicação do Relatório de Estabilidade Financeira. Nos juros, em dia de leilão de pós-fixados,as taxas devem seguir o exterior e abrir com viés de alta”.
Por volta das 13h22 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2026 tinha taxa de 14,685% de14,675% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 13,940%, de 13,905%, o DIpara janeiro de 2028 ia a 13,555%, de 13,540%, e o DI para janeiro de 2029 com taxa de 13,630% de13,640% na mesma comparação. O dólar caía 0,26%, cotado a R$ 5,6320 para venda.
Soraia Budaibes – soraia.budaibes@cma.com.br (Safras News)
Copyright 2025 – Grupo CMA