Desabamento em mina no Congo mata 32

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Pelo menos 32 pessoas morreram após o colapso de uma mina de cobre no sudeste da República Democrática do Congo, no sábado (15), anunciaram autoridades neste domingo (16). A tragédia ocorreu na província de Lualaba, uma das regiões mais ativas do país em mineração artesanal.

O colapso, segundo agência de mineração artesanal do país, conhecido pela sigla francesa Saemape, foi provocado por um movimento de pânico desencadeado por disparos efetuados por militares responsáveis pela segurança do local. Diante do barulho, os mineradores correram e se aglomeraram em uma ponte, que não suportou o peso.

A Saemape afirmou em comunicado que os trabalhadores “se acumularam uns sobre os outros”, o que provocou várias mortes e feridos. O episódio reacendeu críticas sobre as condições de trabalho e a presença militar em áreas mineradoras.

A Iniciativa para a Proteção dos Direitos Humanos pediu uma investigação independente sobre o papel dos soldados na tragédia, mencionando relatos de confrontos prévios entre mineradores e militares.

Procurado pela agência de notícias Reuters, o porta-voz das Forças Armadas não respondeu de imediato aos pedidos de comentário. Já o ministro do Interior da província, Roy Kaumba, afirmou em pronunciamento na TV que 32 mortes tinham sido confirmadas até o momento.

Acidentes em minas artesanais são frequentes no Congo, onde cerca de 1,5 milhão a 2 milhões de pessoas dependem desse tipo de atividade, e mais de 10 milhões vivem indiretamente dela. A falta de regulamentação e de equipamentos de segurança faz com que desabamentos e mortes ocorram todos os anos em áreas nas quais trabalhadores escavam solo profundo de forma precária.

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