PF apreende avião que Vorcaro usaria para deixar o país, segundo investigadores

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Polícia Federal apreendeu um jatinho atribuído ao banqueiro Daniel Vorcaro, dono do Banco Master. De acordo com investigadores, ele usaria a aeronave para deixar o país.

O avião estava em Guarulhos, onde o dono do Master foi detido. Após a prisão de Vorcaro, o jatinho foi conduzido para Minas Gerais, onde foi apreendido pela PF na manhã desta terça (18).

A aeronave é um modelo Falcon 7X, fabricado em 2010 pela Dassault. Ela está registrada em nome da Viking Participações, empresa de Vorcaro. O valor estimado do avião é de cerca de R$ 200 milhões, segundo cálculo feito por investigadores.

O banqueiro foi preso pela PF na noite desta segunda-feira (17), em São Paulo, quando se preparava para embarcar num voo para o exterior. O sócio dele, Augusto Lima, também foi detido.

Os advogados do banqueiro negam a fuga e dizem que ele estava viajando a Dubai para fechar a compra do Master, mas investigadores ouvidos pela Folha afirmam que o jato particular tinha como destino Malta, para tentar fugir do Brasil e evitar a prisão.

O banqueiro foi detido no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

A operação, chamada de Compliance Zero pela PF, tem o objetivo de combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional.

Policiais federais cumpriram cinco mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 25 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal.

Foram presos preventivamente, além de Vorcaro e Augusto Lima, Luiz Antônio Bull, diretor de riscos do banco, Alberto Felix de Oliveira Neto, superintendente executivo de tesouraria e Ângelo Antônio Ribeiro da Silva, sócio do Master.

Já os presos temporários são André Felipe de Oliveira Seixas Maia, que é diretor da consultoria Tirreno e sócio da instituição financeira Cartos, e Henrique Souza e Silva Peretto, que também integra a fintech. As empresas foram procuradas, mas ainda não se manifestaram sobre as prisões.

A PF também informou que cumpriu uma ordem de bloqueio em contas de R$ 12,2 bilhões. Foram apreendidos diversos carros de luxo, obras de arte, relógios e cerca de R$ 1,6 milhão em espécie.

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