México investiga placas atribuídas aos EUA em praia

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Placas com a inscrição “Área Restrita”, em inglês e espanhol, surgiram em uma praia no nordeste do México, mas foram removidas pela Marinha mexicana por estarem em território nacional. A Comissão Internacional de Limites e Águas (CILA) foi acionada para investigar o incidente, informou o Ministério das Relações Exteriores do México.

Seis placas de advertência foram localizadas e removidas na Praia de Bagdad, em Tamaulipas. A Marinha Mexicana encontrou as placas após uma denúncia e, segundo suas investigações iniciais, não há confirmação de que tenham sido instaladas por autoridades dos EUA.

Vídeos nas redes sociais mostram a remoção das placas pelos agentes da Marinha. Relatos de pescadores indicam que supostos militares ou funcionários americanos cruzaram o Rio Grande de barco para instalar as placas com avisos do “Departamento de Defesa”.

O Ministério das Relações Exteriores do México contatou a Embaixada dos EUA sobre o incidente. A CILA iniciará consultas técnicas para esclarecer o ocorrido e revisar os mapas e documentos que definem a fronteira entre os dois países, conforme os tratados vigentes.

A Marinha Mexicana e o Ministério das Relações Exteriores estão dispostos a colaborar com autoridades dos EUA. O objetivo é garantir segurança jurídica na fronteira.

Embaixada dos EUA ainda não se posicionou. Até a publicação dessa reportagem, o órgão norte-americano não se manifestou sobre o incidente.

DETALHES DA PLACA

A placa indicava que a área era propriedade do Departamento de Defesa dos EUA e declarada restrita. A entrada não autorizada era proibida, com possibilidade de detenção e revista de pessoas e veículos. Fotografar ou fazer anotações era vetado sem autorização específica do comandante.

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