SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – No segundo dia de apresentações do Salão do Automóvel de São Paulo, nesta quinta-feira (20), a Stellantis confirmou o protagonismo pressuposto para um grupo que trouxe para o evento as sete marcas que controla no Brasil Abarth, Citroën, Fiat, Jeep, Leapmotor, Peugeot e Ram.
O evento abre para o público no próximo sábado (22) e segue até o dia 30 seguinte.
A Jeep abriu em grande estilo, com um Avenger atravessando uma parede de vidro. A encenação remete ao Salão de Detroit de 1992, quando o então executivo mais importante da Chrysler, Bob Lutz, lançou o estreante Jeep Grand Cherokee contra uma vidraça para entrar no pavilhão de convenções Cobo Hall.
Em setembro, a Stellantis confirmou que a produção do Jeep Avenger será feita no polo automotivo de Porto Real, no Rio de Janeiro. A planta fabrica atualmente os modelos Citroën Basalt, Aircross e C3.
Daí em diante, o grupo apresentou uma série de modelos relevantes para o mercado, mas sem confirmar se e quando serão vendidos na própria Jeep, a quarta geração do Cherokee e o inédito Recon.
Enquanto o grupo Stellantis busca popularizar a Citroën no Brasil com produtos mais simples, a marca francesa segue com carros luxuosos na Europa. Um desses modelos é o SUV C5 Aircross, que está em exibição no salão.
O utilitário esportivo é produzido em diferentes versões eletrificadas e pode chegar ao mercado nacional caso haja boa recepção do público. É o mesmo caso do novo Peugeot 3008, que utiliza a mesma mecânica e também está à mostra no evento, e do elétrico E-208 GTi.
O maior anticlímax surgiu da Fiat, que teria arrematado o protagonismo do evento se tivesse trazido o Panda, seu grande lançamento de 2026.
Juliano Machado, vice-presidente da Ram, até admitiu que gostaria de ver no Brasil a esportiva 1500 RHO e a 3500 Mega Cab Dually, mas também não cravou a presença das picapes de luxo no país.
A Leapmotor, marca chinesa do grupo Stellantis, exibe os SUVs B10 e C10. O primeiro é 100% elétrico, enquanto o segundo traz como opção um motor a gasolina que funciona como extensor de autonomia.
O C10 chegou às lojas no início de novembro. A opção apenas a bateria custa R$ 189.990. Já a versão com o extensor a gasolina, que a marca chama de ultra-híbrido, é oferecido por R$ 199.990. De menor porte, o B10 estreia no início de 2026 e deve custar cerca de R$ 150 mil.
A marca chinesa exibe ainda o C16, SUV de porte grande com seis lugares. Até a segunda fila de assentos traz regulagens elétricas, e há uma tela retrátil de 15,6 polegadas dedicado a quem viaja nesses bancos. O modelo estreia ao longo do próximo ano e também terá versões elétrica e ultra-híbrida.
A expansão da marca deve ser rápida, já que o grupo Stellantis confirmou a produção de modelos Leapmotor em Goiana (PE), na mesma fábrica que hoje monta as picapes Fiat Toro e RAM Rampage, além dos SUVs Renegade, Compass e Commander, da Jeep.