Diretor da Rioprevidência que autorizou operações com Banco Master é exonerado

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O governo do Rio de Janeiro exonerou o diretor interino de Investimentos do Rioprevidência, Pedro Pinheiro Guerra Leal, que era parte do comitê que aprovou investimentos do fundo de pensão dos servidores estaduais aposentados no Banco Master.

A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira (3). Os aportes em títulos do Master foram alvos de questionamentos do TCE (Tribunal de Contas do Estado) e de pedido de investigações pelo Ministério da Previdência.

O fundo, que gere a aposentadoria de 235 mil servidores, aplicou R$ 960 milhões em letras financeiras do banco de Daniel Vorcaro, sem garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Tinha ainda em carteira uma série de fundos de investimento geridos pelo Master.

Procurado via Rioprevidência, o diretor não respondeu até a publicação deste texto.

O Rioprevidência diz que as letras financeiras foram compradas entre outubro de 2023 e agosto de 2024, período em que o Master tinha “autorização de funcionamento emitida pelo Banco Central do Brasil, credenciamento ativo junto ao Ministério da Previdência Social e classificação de risco de crédito de ‘grau de investimento'”.

O banco foi liquidado em novembro e seu dono foi preso em operação da Polícia Federal que investiga crimes contra o mercado financeiro enquanto se preparava para deixar o país em viagem ao Oriente Médio.

Na sexta-feira, a desembargadora Solange Salgado, do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), concedeu habeas corpus determinando a soltura de Vorcaro e de todos os outros investigados na operação.

A exoneração de executivos do Rioprevidência responsáveis por operações com o Banco Master foi recomendada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro no fim de novembro, em meio a uma série de medidas “destinadas a proteger o patrimônio previdenciário do Estado e recuperar eventuais perdas decorrentes da liquidação extrajudicial”.

O MP pediu ainda a abertura de processo administrativo interno para apurar responsabilidades de gestores, consultores e membros de comitês que autorizaram ou mantiveram os investimentos.

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