Entidade manifesta preocupação com chegada de veículos importados

Uma image de notas de 20 reais

Crédito: Bruno Peres/Agência Brasil
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Porto Alegre, 5 de março de 2025 – A ANFAVEA recebe com preocupação a chegada de um navio commais de 5,5 mil automóveis, num momento em que já há mais de 40 mil unidades importadas emestoque em nosso país. “Há cerca de um ano alertamos o governo federal sobre a necessidade derecompor imediatamente a alíquota de 35% de Imposto de Importação (II) para veículos híbridos eelétricos, na tentativa de evitar um desequilíbrio no comércio exterior que possa afetar aindamais a produção, os investimentos e os empregos na cadeia automotiva brasileira”, disse a entidadeem nota.

Desde julho de 2024, o II é de 18% para elétricos, 20% para híbridos plug in e 25% parahíbridos. “Nenhum país do mundo, com indústria automotiva instalada, tem uma barreira tão baixapara as importações, o que torna o nosso importante mercado um alvo fácil, especialmente paramodelos que estão sendo barrados por grandes alíquotas na América do Norte e na Europa. Elas sãode 100% nos EUA e Canadá, e podem chegar a 48% na Europa”.

Essa alíquota vem se mostrando insuficiente para evitar uma importação sem precedentes no Brasil,lamenta a Anfavea. “No ano passado, mais de 120 mil veículos, com origem chinesa, por exemplo,foram vendidos em nosso país, um volume três vezes maior do que em 2023, isso sem considerar oscerca de 55 mil veículos que viraram o ano em estoque”.

A indústria automotiva brasileira vem num ritmo de recuperação, após uma década de criseseconômicas, somadas aos efeitos da pandemia. No ano passado, foram anunciados mais de R$ 180bilhões em investimentos dos fabricantes de veículos e autopeças, boa parte para odesenvolvimento de modelos eletrificados. E nosso setor ainda terá, por conta do Programa MOVER -Mobilidade Verde e Inovação – de investir R$ 60 bilhões em P&D (Produto e Desenvolvimento).

“Sem um equilíbrio saudável na balança comercial, essa indústria que gera mais de 1,3 milhão deempregos diretos e indiretos estará sob forte ameaça. Apoiamos, sim, a chegada de novas marcas aoBrasil, para produzir, fomentar o setor de autopeças, gerar empregos e trazer novas tecnologias. Oque vemos, entretanto, são anúncios sucessivos de adiamento dos prazos de início de produção nopaís”.

A ANFAVEA ratifica novamente ao governo federal o apelo para que seja apreciada, pelos órgãoscompetentes, a recomposição imediata dos 35% de II. Importante, ainda, que a continuidade dapolítica automotiva se concretize, por meio da publicação dos decretos do Programa MOVER, deforma a conferir maior previsibilidade aos investimentos de nossas empresas associadas.

Compras de máquinas sem etapas fabris no Brasil

“Nos causa grande preocupação também o aumento da participação das máquinas autopropulsadasimportadas nas compras públicas, com destaque para empresas ‘instaladas no Brasil’ que não contamnem com 20 funcionários”, acrescenta a nota.

“Esperamos que o poder público se sensibilize para essa questão que prejudica o nível de empregono Brasil, a competitividade das nossas empresas, a inovação e até o atendimento dos clientes,que após essas licitações sofrem com a falta de uma rede confiável para assistência técnica”.

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