Santander divulga carteiras Ibovespa+, Small Caps, Dividendos e Empresas Americanas de abril

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Crédito: Bruno Peres/Agência Brasil

São Paulo, 2 de abril de 2025 – O Santander divulgou a carteira recomendada Ibovespa + de abril,mantendo todos os ativos recomendados de março, mas com alterações de peso da JBS e CCR, quepassaram, respectivamente, de 8% para 7%, e de 7% para 8%. Os ativos da carteira de abril são:Banco do Brasil, CCR, Cyrela, Itaú Unibanco, JBS, Multiplan, Petrobras, Sabesp, Totvs, Vale e Weg.

Segundo os analistas do Santander, a atual agenda da CCR, que busca eficiência e reequilíbriospendentes, é o o principal catalisador para a ação. “Estimamos que as alterações ereequilíbrios contratuais em discussão (incluindo a otimização do contrato da MSVia), juntamentecom os programas de redução de custos e receita incremental, poderiam adicionar R$ 3,70/ação emvalor patrimonial (34% de potencial de alta adicional). Além disso, a TIR real dos seus projetosatuais está em 13,4%, o que implica um spread de 5,8 p.p. para o título público de 10 anos doBrasil, bem acima da média pós-Covid de 4 p.p. Ademais, a participação em novos leilões e/oureciclagem de ativos (transação estratégica no negócio de aeroportos ou venda de umaparticipação em ativos maduros) poderia gerar valor adicional”, explicou o Santander.

Já sobre a JBS, apesar da redução da ação na carteira, o banco ressaltou o efeito positivo dapotencial listagem nos EUA, que seria transformacional e poderia preparar a empresa para uma novafase de crescimento, ao mesmo tempo que lhe permitiria acesso a uma nova base de investidores efinanciamento. “Acerca desse tema da listagem nos EUA, notamos que um passo importante foi dado nodia 17 de março, quando a J&F (acionista controladora da JBS) anunciou que chegou a um acordo com aBNDESPar, garantindo que o fundo não votará na assembleia sobre a potencial listagem da JBS nosEUA. O acordo inclui uma provisão de até R$ 500 milhões que a J&F terá que pagar ao BNDESPar seas ações da JBS não atingirem uma meta de valuation especificada até o fim de 2026”, destacou.

DIVIDENDOS

Santander divulgou também a carteira recomendada Dividendos, que também manteve as mesmas açõesde março. São elas: B3, Banco do Brasil, Copel, CPFL Energia, Cury, Itaú Unibanco, Petrobras,Porto Seguro, Telefônica Brasil e Vale.

O relatório deste mês destacou o desempenho superior da B3, que atingiu rentabilidade de 16,63% emmarço. O Santander ressaltou que a combinação de valuation atraente(P/L 2025E de 14x) e um sólido dividend yield (7% para 2025E) constituem uma assimetriainteressante para a B3. Além disso, o nível atual das ações já precifica um cenário de ADTVmais fraco para 2025 (R$ 21,0 bilhões vs. a média do 2S24 de R$ 23,3 bilhões).

No Dia do Investidor da B3, realizado em dezembro, a administração destacou os esforços de nãoapenas aprimorar o negócio principal, mas também expandir sua presença em outras verticais (porexemplo, dados e plataformas). A administração enfatizou os esforços de diversificação emderivativos, bem como em OTC. No geral, a B3 acredita que todos os segmentos de receita podemregistrar crescimento de dois dígitos em 2025. Além disso, entre as muitas iniciativas da B3,destacamos que a Neurotech e a Neoway, adquiridas pela empresa nos últimos anos, já atingiram obreakeven durante 2024 e devem continuar a dar frutos em 2025.

EMPRESAS AMERICANAS

O banco também atualizou sua carteira de BDRs (Brazilian Depositary Receipts), que são valoresmobiliários atrelados a ativos no exterior, como ações de empresas estrangeiras ou ETFs (ExchangeTraded Funds). A carteira obteve desempenho negativo no mês de março, caindo 5,52%. Para o mês deabril, foi reduzido em 1 p.p. as posições nos BDRs de Microsoft (de 9% para 8%), Amazon (de 8%para 7%) e Google (de 8% para 7%) e elevado em 1 p.p. as participações de GE Aerospace (de 8% para9%), Berkshire Hathaway (de 6% para 7%) e Booking (de 6% para 7%).

A carteira de março é composta pelas seguintes ações: Microsoft, JPMorgan Chase, NVIDIA, Visa,Apple, Amazon, Google, General Electric Aerospace, Berkshire Hathaway, Brookfield Corporation, EatonCorporation, Eli Lilly, Booking Holdings e Chevron.

“Com o intuito de navegar um cenário de curto prazo potencialmente mais desafiador, optamos porreduzir marginalmente a exposição ao risco na carteira Empresas Americanas. A economia americanaapresenta um grau de dinamismo que não encontra paralelo em outras geografias, o que significadizer que, para o bem ou para o mal, a atividade está sujeita a reajustes rápidos. Dito isso,continuamos com a visão de que a tese de inteligência artificial generativa e outros temas deinvestimento (como eletrificação e reindustrialização) ainda darão frutos em horizontes deinvestimento mais dilatados”, comentou o Santander.

SMALL CAPS

Por fim, o Santander também atualizou sua carteira de Small Caps, com a inclusão da Smart Fit nolugar da Vulcabras, e a alteração de peso da GPS, que passou de 10% para 9%. Com isso, a carteiraSmall Caps de abril é composta pelas seguintes ações: 3tentos, Brava Energia, C&A Modas,Direcional, GPS, Iguatemi, Inter, Marcopolo, OdontoPrev, Serena e Smart Fits.

O Santader prevê que o o desempenho sólido da Smart Fit continue em 2025, com a receita atingindoR$ 6,8 bilhões (+23,2% a/a). “Acreditamos que todas as regiões operacionais atingirão umcrescimento na faixa de 20% a/a, impulsionado pelo pipeline de abertura de lojas e o amadurecimentodas academias. Em relação à rentabilidade, não prevemos mudanças significativas na margem brutaa/a. Embora esperemos que as lojas em amadurecimento contribuam positivamente, o impactoprovavelmente será compensado pelas unidades abertas recentemente, em nossa visão. No entanto,prevemos que os ganhos de alavancagem operacional impulsionarão uma margem EBITDA de 31,6%, alta de40 bps a/a. Por fim, estimamos um lucro líquido de R$ 636 milhões, que deve permanecer pressionadodevido às taxas de juroselevadas ao longo do ano”, concluiu.

Os analistas afirmaram que a compounder GPS de alta qualidade (CAGR de LPA de 20% entre 2024-33E eROE acima de 20%) entregue um EBITDA 5% acima do consenso em 2025. Além disso, a incorporação daGRSA, que foi concluída em maio de 2024, deve mostrar sinergias mais evidentes em 2025-26. Aconclusão dessa integração também pode permitir que a GPS retome sua agenda de fusões eaquisições menores, o que poderá ser um catalisador para as ações.

Emerson Lopes – emerson.lopes@cma.com.br (Safras News)

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