Porto Alegre, 11 de julho de 2025 – Em maio de 2025, o recuo de 0,5% da indústria do país frente aabril, na série com ajuste sazonal, foi acompanhado por nove das 15 locais pesquisados pelo IBGE:Mato Grosso (-7,0%), Bahia (-3,7%) Amazonas (-3,3%), Minas Gerais (-1,9%), Região Nordeste (-1,3%),Goiás (-1,1%), São Paulo (-0,8%).
Mato Grosso acumula recuo de 8,9% nos últimos dois meses. Já a Bahia interrompeu dois mesesseguidos de alta, período em que cresceu 2,3%, e o Amazonas intensificou a queda observado em abril(-1,3%). Para Bernardo Almeida, analista da Pesquisa Industrial Mensal Regional, “alguns fatores jáconhecidos ajudam a explicar a perda de ritmo na produção industrial e o predomínio de locais emcampo negativo: taxa de juros em patamares elevados, reduzindo os investimentos nas linhas deprodução; incertezas tanto no mercado doméstico quanto no internacional; a inflação recaindosobre o consumo das famílias e sua renda disponível, levando a produção a se adequar a umademanda mais arrefecida”.
Por outro lado, a atividade industrial do Espírito Santo mostrou uma alta de dois dígitos (16,2%),a mais intensa do mês e a maior taxa desse estado desde janeiro de 2023 (24,2%). “O setorextrativo, bastante atuante dentro da indústria capixaba, impulsionou e contribuiu para seucomportamento positivo em contrapartida ao movimento da indústria nacional nesse mês”, observaAlmeida. Além disso, Ceará (3,5%), Rio de Janeiro (2,0%), Paraná (1,3%), Pará (0,9%) e RioGrande do Sul (0,2%) também assinalaram resultados positivos em maio de 2025.
Frente a maio de 2024, a atividade industrial avançou em 11 dos 18 locais
Na comparação com maio de 2024, o setor industrial cresceu 3,3%, com resultados positivos em onzedos dezoito locais pesquisados. As maiores altas foram do Rio Grande do Sul (29,1%) e EspíritoSanto (23,9%), ambos com taxas de dois dígitos. A indústria gaúcha foi impulsionada,principalmente, pelos produtos químicos, produtos alimentícios, máquinas e equipamentos, produtosdo fumo, artefatos do couro, artigos para viagem e calçados e veículos automotores, reboques ecarrocerias. Já no Espírito Santo o impulso veio das indústrias extrativas. Para Bernardo, “ambasas taxas podem ser explicadas pelas baixas bases de comparação em maio de 2024, salientando que,no mesmo período do ano anterior, a indústria gaúcha enfrentava paralisações em diversasunidades produtivas, devido às enchentes”.
As informações são do IBGE.
Revisão: Rodrigo Ramos – rodrigo@safras.com.br (Safras News)
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